Entrevista: Márcio Fernandes | Em alta no Vila Nova técnico projeta reencontro com Brasiliense na semifinal da Copa Verde

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Demitido pelo Brasiliense com apenas uma derrota em 12 jogos depois da final do Candangão 2020 contra o arquirrival Gama, o técnico Márcio Fernandes será o próximo adversário do… Brasiliense na semifinal da Copa Verde. Campeão da Série C, o Vila Nova despachou o Cuiabá nesta segunda-feira. Consequentemente, o time goiano terá pela frente o atual vice-campeão do Distrito Federal na disputa por vaga à final. O sorteio dos mandos será nesta terça.

Em entrevista ao blog, Márcio Fernandes entra no clima da semifinal e projeta o reencontro com o Brasiliense. A temporada do treinador foi marcada por fortes emoções. Levou o clube do Distrito Federal à final do Candangão, caiu para a quarta divisão com o Treze-PB, mas levou o Vila Nova de volta à Série B do Campeonato Brasileiro com direito a título da Série C contra o Remo com triunfo por 8 x 3 no placar agregado.

No bate-papo a seguir, Márcio Fernandes rebate a crítica de que o trabalho dele não deu certo no Brasiliense, argumenta que o trabalho não teve continuidade e comemora a oportunidade de ganhar o segundo troféu na temporada caso conquiste a Copa Verde. A decisão pode até ser uma revanche para o Remo. O time paraense enfrentar o Manaus na outra semifinal. Antes, o Vila precisa passar pelo Brasiliense seis meses depois de ter sido demitido pelo clube do DF.

Em agosto do ano passado, você foi demitido pelo Brasiliense com uma derrota em 12 jogos. Perdeu apenas para o Gama na final do Candangão. Seis meses depois, agora como técnico do Vila Nova, duelará com o Brasiliense na semifinal da Copa Verde…

É um prazer reencontrar o Brasiliense numa situação boa como essa. É sinal de que o trabalho aí está sendo benfeito. Tenho muito carinho pelo presidente, pelas pessoas que estão no Brasiliense, profissionais maravilhosos que eu guarda no coração, sensacionais.

É um duelo entre time da Série D contra o Vila, agora da B. Espera um duelo equilibrado?

Os jogadores têm muita qualidade. Vai ser um jogo difícil, decidido em detalhes. A nossa equipe é boa e a do Brasiliense também. Vamos ter uma grande partida.

Você chegou à final do Candangão 2020 pelo Brasiliense, caiu para a quarta divisão com o Treze-PB e foi campeão da Série C pelo Vila Nova. Por que o trabalho não deu certo no Brasiliense?

Eu não concordo que meu trabalho não deu tão certo no Brasiliense. Perdi um jogo só. Infelizmente, perdemos o jogo da decisão. A gente ganhou o primeiro e perdemos o segundo nos pênaltis num dia em que o time não foi bem. A gente faz o trabalho para chegar na final. Chegamos, mas não deu. Não tive continuidade (foi demitido para a chegada de Edson Souza, trocado depois por Vilson Tadei). O trabalho foi vitorioso. Tanto é que eu voltei. Eu havia sido campeão candango em 2013 e voltei em 2020 para tentar ser bicampeão. Chegamos na final.

E vem aí mais um duelo tático com o Vilson Tadei…

Conheço. Jogamos várias vezes contra. Ele estava no Linense, eu no Red Bull; eu no Brasiliense, eu no Gama. É um grande amigo, excelente treinador. Respeito muito, tenho muito carinho.

O calendário é um adversário a mais para o Vila Nova. Você tem jogo marcado para o 12 de fevereiro contra o Jaraguá pelo Campeonato Goiano e a primeira partida contra o Brasiliense é no dia 13, ou seja, 24 horas depois. Como driblar mais esse perrengue?

Isso aí eu nem pensei ainda. Agora, estou tentando descansar um pouco a mente, distrair um pouco, para depois pensar nisso. Mas a diretoria está procurando a melhor forma.

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Marcos Paulo Lima

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