Tite está na Colômbia, mas deve enviar secretário à Neo Química Arena na noite desta terça-feira, às 21h30, contra o Bahia, para observar um xodó. Renato Augusto trabalha para levar o Corinthians de Sylvinho, ex-auxiliar do técnico da Seleção Brasileira, o mais longe possível na Série A e pode ser a cereja do bolo da Seleção Brasileira no ano que vem na reta final das Eliminatórias e amistosos para a Copa. Ninguém melhor do que Sylvinho para ser o “observador” de Tite, informá-lo passo a passo sobre a evolução do jogador.
Renato Augusto tem portas abertas com Tite. E o técnico está de plantão na recepção à espera dele. Mais do que a fama de arrumar time, o craque do Corinthians tem a favor a experiência, liderança, versatilidade e o principal: a confiança do treinador.
Há ótimas opções sendo testadas por Tite desde o início do ciclo para o Mundial, mas não tenho dúvida de que ele trocaria qualquer uma delas por um Renato Augusto em forma na retomada da campanha pelo hexa. Isso aumenta a responsabilidade de Gerson, Fred e outros tantos nomes observados por Tite para atuar no meio de campo ao lado de Casemiro. Na dúvida, o técnico não hesitará em optar por Renato Augusto.
Aos 33 anos, o meia do Corinthians atua em todas as posições do meio de campo. Tite continua à procura de um ritmista, como disse antes da Copa do Mundo de 2018. Em último caso, Renato Augusto pode assumir esse papel e dar cadência ao setor.
O comandante verde-amarelo deixou claro nas partidas de setembro que continua à caça de um jogador capaz de dar passes decisivos e sobrecarregar menos Neymar, que tem atual recuado no meio de campo justamente para suprir a ausência de jogadores de confiança de Tite como Philippe Coutinho e o próprio Renato Augusto.
“O que estamos buscando é um processo criativo maior, mais meio-campistas criativos. Nossa construção por vezes é muito vertical”, disse Tite em setembro antes do duelo com o Peru.
Renato Augusto não descartou voltar à Seleção em entrevista concedida recentemente ao colega Bruno Marinho em O Globo. “Minha meta maior é estar jogando bem, contribuindo ao máximo para o Corinthians. Quanto à Seleção, ela vem naturalmente. Não posso chegar aqui só pensando nisso, porque as coisas não acontecem assim, vou dar um passo maior do que minha perna. O primeiro passo é estar me sentindo bem, o outro é ajudar o clube. E, lá na frente, se vier uma oportunidade com a seleção, aí sim”, disse o meia.
O fato é que o tempo está passando e ninguém se firma no meio de campo nas funções que eram ocupadas por Paulinho e Renato Augusto no início da Era Tite. As oportunidades passaram para Arthur, Allan, Douglas Luiz, Fred e Bruno Guimarães. Aparentemente, Gerson é a bola vez. Andreas Pereira pode voltar a ser testado, mas Renato Augusto é a bola de segurança e pode conquistar mais pontos com Tite hoje à noite na partida contra o Bahia. O golaço de sábado contra o Bragantino foi aquele tradicional recado: “se precisar estamos aí”.
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