54581939211_9d3cfc97fa_c Carletto destacou o DNA italiano na veia dele ao falar da defesa do Brasil. Foto: @rafaelribeirorio I CBF Carlo Ancelotti destacou o DNA italiano na veia dele ao falar da defesa do Brasil. Foto: @rafaelribeirorio I CBF

Efeito Ancelotti: Brasil não passava dois jogos sem sofrer gol desde a Copa

Publicado em Esporte

São Paulo — O Brasil não ficava dois jogos consecutivos sem sofrer gol desde o início da Copa do Mundo de 2022. À época, a Seleção comandada por Tite derrotou a Sérvia na estreia por 2 x 0 e na sequência superou a Suiça pelo placar mínimo na fase de grupos do torneio disputado no Catar. Carlo Ancelotti conseguiu quebrar essa sequência ao empatar com o Equador, em Guayaquil, e derrotar o Paraguai por 1 x 0 nesta terça-feira, na Neo Química Arena, em São Paulo, pela antepenúltima rodada da fase de grupos das Eliminatórias para a Copa de 2026.

 

A defesa formada pelo goleiro Alisson, pelos zagueiros Marquinhos e Alexsandro e os laterais Vanderson e Alex Sandro resistiu protegida, principalmente, pelo volante Casemiro. Bruno Guimarães e Gerson — na partida de ida — também foram importantíssimos na construção de uma retaguarda sólida no início do trabalho do italiano à frente da Seleção.

 

O sistema defensivo do Brasil não se limita blindar a área. Há construção. O lance decisivo começa lá atrás. Marquinhos aciona o goleiro Alisson, a bola chega aos pés de Alexsandro, tem as contribuições dos volantes Bruno Guimarães e Casemiro, chega a Raphinha na luta contra três marcadores e sobra para Matheus Cunha cruzar para Vini balançar a rede.

 

Carlo Ancelotti teve apenas oito dias de trabalho, mas o lance do primeiro gol é resultado de ensaio. A bola passa de pé em pé por oito dos 11 jogadores do time. Apenas os laterais Vanderson e Alex Sandro e o atacante Gabriel Martinelli não participam da jogada.

 

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Depois do jogo, perguntei ao técnico Carlo Ancelotti na entrevista coletiva (assista ao video) se o fato de o Brasil não sofrer gol é a maior conquista dele no início do trabalho. Foi como se o DNA do futebol italiano exalasse. “Sou italiano (risos). A equipe não tomou gol porque trabalharam bem atrás, os meio-campistas fizeram esforço extraordinária, como o Casemiro. Saio contente também por isso, mais por estamos classificados para o Mundial”, respondeu.

 

A fisionomia de Carlo Ancelotti de fato muda ao falar sobre os homens de defesa. “Casemiro é uma segurança para a equipe. A qualidade, a liderança é muito forte. Ele é um líder, como Danilo, Marquinhos, Alisson… Não só pela qualidade, mas com atitude”.

 

Chamou a atenção, por exemplo, a carta de intenções de Ancelotti em relação ao zagueiro Lucas Beraldo, campeão da Champions League. “Ele pode jogar como zagueiro, obviamente, e como lateral-esquerdo também. Tendo Vini ou Martinelli, teria que subir menos do que Vanderson no lado direito. É um jogador muito inteligente, com toque de passe fantástico. A saída atrás fica mais simples”, afirmou na entrevista.

 

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