Kylian Mbappé é a prova de que o mundo dá voltas. Há dois anos, o atacante da França não fazia parte do elenco vice-campeão da Eurocopa. Era apenas uma promessa da base na disputa da Euro-Sub-19. Enquanto a seleção de Didier Deshamps perdia o título para Portugal no Stade de France, em 10 de julho de 2016, o atacante despontava como solução no torneio disputado lá na Alemanha, conquistado pelos franceses.
O primeiro gol da joia na Euro-Sub-19 foi justamente contra a Croácia. Em 15 de julho de 2016, portanto, cinco dias depois da derrota francesa para os lusitanos na Euro dos marmanjos, o moleque bom de bola marcava o segundo no triunfo por 2 x 0. E aí, desandou a marcar. Marcou duas vezes nos 5 x 1 sobre a Holanda e classificou o país para as semifinais. O abusado fez mais dois no triunfo por 3 x 1 contra Portugal. Faltou o dele na decisão do título contra a Itália, mas os companheiros aproveitaram bem a correria e as assistências de Mbappé. Sabe que dia é hoje? 15 de julho de 2018. Exatamente dois anos depois, Mbappé terá a Croácia pela frente novamente, agora, não mais num duelo da fase de grupos da Euro-Sub-19, mas na final da Copa do Mundo da Rússia.
Há dois anos, promover o prodígio ao time principal virou praticamente uma obrigação. O artilheiro da competição foi Jean-Kévin Augustin com cinco gols, mas quem bagunçou o sistema tático da França e veste a camisa 10 na Copa da Rússia é Mbappé. Praticamente um ano depois de levar a França ao título Sub-19, ele foi convocado por Deschamps para a esquadra principal. Em 25 de março de 2017, estreou contra Luxemburgo na vitória por 2 x 1. Cinco meses depois, balançava a rede pela primeira vez contra um adversário grande, a Holanda.
Aos 19 aos, Mbappé tem sete gols em 21 jogos com a camisa da França. Três deles nesta Copa. Um contra o Peru e dois na Argentina, de Lionel Messi. Aos 19 anos, será o quarto jogador abaixo dos 20 anos a disputar uma final de Mundial, igualando os feitos dos precoces Morán, do Uruguai (1950), o brasileiro Pelé (1958) e o zagueiro italiano Bergomi (1982).
A guinada na carreira de Mbappé gerou mudanças no sistema tático da França. Passou do 4-4-2 para o 4-3-3. Na final da Euro-2016 contra Portugal, o ataque era formado por Griezmann e Giroud. Aqui na Rússia, é um 4-2-3-1 sem a bola e 4-3-3 com a posse dela.
O atalho da França para o bicampeonato passa justamente pelos pés de Mbappé. O lado esquerdo da defesa da Croácia é o ponto fraco da trupe de Modric. Se o atacante francês estiver em uma noite de gala, como nas oitavas de final diante da Argentina, Strinic sofrerá bastante com os avanços do menino e precisará do reforço do atacante Perisic na marcação e do volante Brozovic na cobertura. Quem diria há dois anos que Mbappé fosse causar tanto medo a um adversário numa final de Copa do Mudo. Precoce e bom de bola esse craque.
Roger Machado inventou um lateral-direito e a Seleção Brasileira precisa prestar atenção nele. Em tempo…
O sorteio das quartas de final da Nations League nessa sexta-feira, em Nyon, na Suíça,…
Os movimentos de Ronaldo Nazário de Lima, o Ronaldo, são friamente calculados desde uma viagem…
Menos de um ano depois de levar o Real Brasília ao título do Campeonato Feminino…
Atual vice-campeã mundial, a França é uma seleção sempre pronta para competir, mas não necessariamente…
O Santos não deve se ufanar de ter conquistado a Série B do Campeonato Brasileiro,…