Do fracasso do Brasil ao título da Suíça no Mundial Sub-17 de 2009: o peso da geração 92 nas duas seleções

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Candidatos ao título da Copa América e da Eurocopa, respectivamente, Brasil e Suíça entrarão em campo nesta sexta-feira pelas quartas de final dos torneios continentais, no Rio e em São Petersburgo, com algo em comum: uma talentosa geração nascida a partir de 1992.

Há 12 anos, os dois países caíram no mesmo grupo no Mundial Sub-17 de 2009 disputado na Nigéria. O Brasil deu adeus ao torneio na primeira fase. Derrotou o Japão na estreia, mas perdeu para o México e a Suíça e se despediu precocemente do torneio teen.

A Suíça teve mais sucesso. Encerrou o Grupo B em primeiro lugar. Despachou Alemanha, Itália, Colômbia e a Nigéria na final e conquistou o título inédito da competição.

Há algo mais importante do que o resultado daquele Mundial Sub-17: o desenvolvimento de jogadores da geração 1992 que se tornaram imprescindíveis para as seleções principais.

Seferovic fez o gol do título da Suíça no Mundial Sub-17 de 2009. Eliminado na fase de grupos daquele torneio, Neymar foi fundamental na conquista da inédita medalha de ouro do Brasil no Jogos Olímpicos do Rio-2016. Ambos são símbolos de Brasil e Suíça nas quartas de final da Eurocopa e da Copa América, respectivamente

Apesar do fracasso na fase de grupos daquela edição, o Brasil tem na Copa América quatro jogadores formados no grupo comandado à época por Lucho Nizzo: o goleiro Alisson, o volante Casemiro e o atacante Neymar estavam na Nigéria. Philippe Coutinho, um dos xodós de Tite, também. O meia-atacante não está na Copa América porque se recupera de contusão. Os quatro meninos de 2009 são, hoje, homens de confiança do técnico da Seleção.

A Suíça também colhe os frutos do Mundial Sub-17. O elenco convocado para a Eurocopa conta com os campeões mundiais Haris Seferovic, Granit Xhaka e Ricardo Rodriguez. O trio ajudou a seleção a desbancar a atual campeã mundial França da Eurocopa. Nesta sexta-feira, o desafio será superar a camisa pesada da badalada Espanha.

Os trabalhos de Brasil e Suíça nas divisões de base mostram que nada é descartável. Algo sempre pode ser reciclado. A eliminação precoce da Seleção no Mundial Sub-17 fez parte da formação de Alisson, Casemiro e Neymar. O trio entra em campo nesta sexta contra o Chile, no estádio Nilton Santos, no Rio, com a missão de levar o Brasil às semifinais da Copa América. O trio certamente extraiu lições daquele fracasso para a sequência da carreira.

Seferovic, um dos artilheiros daquele Mundial Sub-17 com cinco gols, Xhaka e Rodríguez também tiraram proveito da maior conquista do futebol suíço. Formaram casca grossa em uma seleção menos competitiva do que a do Brasil. A Suíça não alcançava a fase quartas de final de torneios de ponta desde 1954, quando recebeu a Copa do Mundo. Nesta sexta, terá a oportunidade de surpreender novamente o planeta se desbancar a poderosa Espanha.

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Marcos Paulo Lima

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