Divergência financeira entre a dupla Fla-Flu faz Estádio Mané Garrincha perder mais um jogo

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Último jogo no Mané foi em 12 de julho, na estreia do Gama na Série D

Crédito da imagem: Carlos Vieira/CB/D.A Press

Flamengo e Fluminense estão unidos contra a Federação de Futebol do Estado do Rio (Ferj), são parceiros na rebelião contra o Campeonato Carioca para disputarem a Copa Sul-Minas, mas quando o assunto é dinheiro os opostos não se atraem. Nesta quarta-feira, os arquirrivais estiveram próximos de anunciar o Estádio Mané Garrincha como palco do clássico de 6 de setembro, pela 23ª rodada do Campeonato Brasileiro, mas não chegaram a um acordo em relação à divisão do valor da cota oferecida pela compra do mando de campo tricolor. A diretoria rubro-negra é acusada de atrapalhar a negociação com base em um documento da CBF chamado de diretrizes técnicas. Segundo o texto, a mudança do local de um jogo, a partir de agora, precisa da concordância da equipe visitante.
Um promotor de eventos apresentou ao Fluminense oferta de R$ 1,3 milhão para que o tricolor mandasse o clássico no Mané Garrincha. Em entrevista ao blog, o presidente Peter Siemsen confirmou a negociação. “Por enquanto, não há nada definido. Nós temos somente uma proposta, falta apenas um detalhe”, reclamou, sem revelar o impasse.
O blog apurou que o Flamengo topou jogar em Brasília desde que recebesse R$ 600 mil. O Flu levou o problema ao promotor do jogo, que elevou o preço da compra da partida para R$ 1,5 milhão e sugeriu à diretoria tricolor que acertasse com o Fla o valor do cachê. Na negociação entre os dois clubes, o time da Gávea chegou a reduzir o pedido para R$ 550 mil. Porém, os conselheiros do clube das Laranjeiras se recusaram a ficar “apenas” com R$ 950 mil. Indignada com a perda de uma cota que dificilmente terá no Maracanã, em 6 de setembro, a cúpula tricolor desistiu do Mané Garrincha e manteve o clássico no Rio de Janeiro. Um diretor do Flamengo que não quis se identificar justificou que a marca Flamengo arrastaria mais torcedores ao estádio do que o Fluminense e o clube precisaria ser recompensado por isso.
Segundo as diretrizes técnicas da CBF, os dois clubes precisam entrar em um acordo. O Flamengo, por exemplo, levou a partida contra o Avaí para a Arena das Dunas, em 2 de setembro. O clube catarinense reclamou do aumento na distância da viagem de Santa Catarina a Natal — e não ao Rio —, mas uma compensação financeira encerrou o impasse. Até o ano passado, era mais simples. O mandante negociava a partida sem ter a concordância do adversário, que teria de se deslocar, ainda que a contragosto, ao local determinado. A CBF recebeu reclamações de clubes que tinham de sair da Região Sul do país para jogar, por exemplo, na Arena Amazonas, e decidiu moralizar.
A nova determinação pode prejudicar o ocioso Mané Garrincha. Em 2015, a principal arena do DF perdeu ao menos cinco partidas que estavam praticamente certas na arena. Na primeira rodada do Brasileirão, o duelo entre Cruzeiro e Corinthians, em Brasília, foi até publicado na tabela, mas uma reviravolta financeira com oferta de R$ 1 milhão, além de voo fretado para o Cruzeiro, levou a partida para a Arena Pantanal, em Cuiabá. Em agosto, o Flamengo desistiu de receber o Santos em Brasília e ficou no Maracanã. O duelo com o Goiás, em 8 de novembro, está no muro.
Representante do DF na Copa Sul-Americana, o Brasília passou um vexame ainda maior. O colorado comercializava ingressos para a estreia diante do Goiás quando soube que a Conmebbol e a CBF transferiram a partida para o Bezerrão devido à reprovação dos laudos do Corpo de Bombeiros e da Vigilância Sanitária.
Mais peladas no gramado
Depois de receber a pelada da Marcha das Margaridas em um evento das trabalhadoras rurais, o gramado do Mané Garrincha foi palco na manhã da última segunda-feira de um jogo de oficiais do Exército. A última partida a vera no estádio que custa R$ 800 mil por mês ao Governo do Distrito Federal foi em 12 de julho, no empate por 0 x 0 entre Gama e Botafogo-SP, pela primeira rodada da Série D do Campeonato Brasileiro. Lá se vão 45 dias de seca…

Desisto de você

Fla-Flu é o quinto jogo que seria no Mané Garrincha neste ano

10/5 – Cruzeiro x Corinthians (foi para Arena Pantanal)

2/8 – Flamengo x Santos (ficou no Maracanã, mesmo)   

18/8 – Brasília x Goiás (foi para o Bezerrão por falta de laudo)

5/9 – Fluminense x Flamengo (divergência financeira entre os clubes)

8/11 – Flamengo x Goiás (está no muro)

Marcos Paulo Lima

Publicado por
Marcos Paulo Lima

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