Ferreira e Luciano fizeram gols, mas a noite foi de James Rodriguez no Mané Garrincha na vitória por 3 x 0 contra a Inter de Limeira pelo Campeonato Paulista. Há uma simbiose entre o meia colombiano e o principal estádio da capital do Brasil.
O mundo deu voltas. Quase 10 anos! Um dos gols do artilheiro e Chuteira de Ouro da Copa do Mundo de 2014 foi justamente no Mané Garrincha. Era 19 de junho de 2014. Foi dele o primeiro gol na vitória por 2 x 1 contra a Costa do Marfim pela segunda rodada da fase de grupos.
Daquele Mundial em diante, James Rodriguez defendeu Real Madrid, Bayern de Munique, Everton, Al-Rayyan, Olympiacos, veio para o São Paulo, saiu do São Paulo, voltou para o São Paulo e faz o segundo gol com a camisa tricolor, o primeiro em 2024, no Mané Garrincha.
O gol representa muito para um CNPJ e dois CPF’s. O São Paulo achou que o colombiano não tinha dado liga. Ambos ensaiaram acordo para o adeus do craque ao clube. De repente, James deu meia volta. Pediu desculpa e foi inscrito no lugar do lesionado Luiz Gustavo.
Certo ou por linhas tortas, Thiago Carpini voltou a ter o meia no elenco. Em tese, isso aumentaria a pressão sobre o treinador. Onde encaixar James para justificar a volta do que não foi? No banco! James ficou sentadinho lá até os 25 minutos. A torcida clamou por ele e Carpini atendeu. Entrou no lugar de Lucas Moura.
O roteiro estava escrito para ter um final feliz. Que lance de Luciano antes do terceiro gol. O acabamento merecia ter sido dele. Mas dizem que a bola procura o craque. Ela acho o colombiano novamente no Mané Garrincha. No mesmo lado do campo. Na mesma trave. Há 10 anos, completou para o fundo da rede como um torpedo após cobrança de escanteio de Cuadrado. Nesta quarta, só teve o trabalho de desviar a bola para a rede e fazer a noite dos tricolores feliz em um estádio nascido para recebê-lo. E nem falei da assistência de James para o Luciano no segundo gol…
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