As decisões dos quatro principais campeonatos estaduais do país fortalecem uma tendência no futebol brasileiro: a renovação da safra de técnicos. Os “novos professores” são cada vez mais maioria nas finais de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.
No Paulistão, um dos treinadores será bicampeão. Roger Machado, do Palmeiras, conquistou o Mineiro pelo Atlético no ano passado. Fábio Carille, do Corinthians, defende o título. Ambos eram assistentes até pouco tempo. Hoje, estão na vitrine no competitivo mercado nacional. Fábio Carille só precisa tomar cuidado para não criar um personagem. Desnecessário o “piti” por causa da falta de aperto de mão de Diego Aguirre e pelo fato de não ter sido reconhecido pelo uruguaio no Morumbi. Desnecessários também o vídeos em que caminha até o vestiário do São Paulo para entregar presente ao “coleguinha” estrangeiro e a ausência na sala de entrevistas após o triunfo na decisão por pênaltis. Cadê aquele Fábio Carille humilde?
Três meses depois de levar o Palmeiras ao vice do Brasileirão como interino, Alberto Valentim conseguiu lugar na vitrine da decisão do Campeonato Carioca à frente do Botafogo. Fez a torcida esquecer rapidamente o fiasco do antecessor, Felipe Conceição, na eliminação precoce da Copa do Brasil diante do Aparecidense. Na reta final dos estaduais, Valentim pode enfrentar outro jovem colega, o atual campeão carioca Zé Ricardo, do Vasco, ou o veterano Abel Braga, do Fluminense. O clássico desta quinta-feira definirá o adversário.
Ex-auxiliar de Oswaldo de Oliveira, Thiago Larghi tem a chance de usar os estaduais para se consolidar na profissão na final do Mineiro. A sequência do trabalho no Brasileirão depende dos dois duelos contra Mano Menezes, que tem dois títulos gaúchos pelo Grêmio (2006 e 2007) e um Paulista no Corinthians (2009). Um senhor desafio para Larghi.
E o Clemer, hein… Mais um “novo professor” classificado para decisão. É finalista do Campeonato Gaúcho pelo Brasil de Pelotas contra o Grêmio, do consagrado Renato Gaúcho. O ex-goleiro parte em busca do segundo título estadual na carreira. Foi campeão pelo Sergipe, em 2016. Isso sem contar os nove troféus nas divisões de base do Internacional. Por sinal, Clemer é a última esperança colorada de manter o tabu tricolor intacto no torneio. O Grêmio não é campeão desde 2010.
Há outros exemplos de técnicos da jovem guarda pelo país. Técnico do time B do Atlético-PR, finalistas do Paranaense contra o Coritiba, Tiago Nunes é uma jovem aposta do clube, que tem como comandante do elenco principal o também promissor Fernando Diniz. Rogério Ceni decidirá o título cearense pelo Fortaleza, Milton Cruz, do Figueirense, enfrentará a Chapecoense pela taça do Catarinense. Aqui no DF, o promissor Vitor Santana levou o Sobradinho à final contra o Brasiliense.
Pode até ser que Renato Gaúcho, Mano Menezes e Abel Braga sejam campeões, respectivamente, no Rio Grande do Sul, em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, mas os calouros estão definitivamente conquistando vagas que, até pouco tempo, eram praticamente cativas dos veteranos da turma.
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