A barra de direção do volante Carlos Henrique Casemiro não aponta mais somente para a marcação. Ele acelera faz tempo em direção ao gol. Pisa na área, como diz um dos clichês pós-modernos do futebol. Na virada contra a Colômbia, na quarta-feira passada, usou a cabeça para estufar a rede do goleiro Ospina depois da cobrança de escanteio perfeita de Neymar e decretar o triunfo por 2 x 1, no estádio Nilton Santos (assista ao vídeo no fim do post).
A intimidade com a rede é uma das novidades na carreira do galático do Real Madrid e capitão da Seleção Brasileira. O blog levantou que essa é a temporada mais artilheira entre as 14 da carreira do paulista de São José dos Campos. O jogador de 29 anos, revelado pelo São Paulo, é profissional desde 2010. O recorde pessoal de bolas na rede era sete em 2017/2018. Nesta, acumula oito: sete pelo Real Madrid e um com a camisa verde-amarela na partida contra a Colômbia.
Como Casemiro ainda não entrou em férias, os números da reportagem levam em conta as partidas disputadas de setembro do ano passado, largada dos torneios na Europa, até a Copa América, último torneio antes da pausa para o merecido descanso.
Para se ter uma ideia do ano da graça de Casemiro, ele foi vice-artilheiro do Real Madrid na temporada. Só ficou atrás do centroavante Benzema. O especialista fez 30 gols. Casemiro e Asensio marcaram sete cada um.
Tem noção? O brasileiro joga no meio de campo ao lado de grifes como Toni Kroos e o ex-melhor do mundo Luka Modric. Carrega o piano para os atacantesVinícius Júnior, Rodrygo e Hazard. Pois Casemiro foi mais letal do que todos eles no balanço da temporada do Real Madrid.
Chamar Casemiro de volante brucutu, como ele chegou a ser marcado no início da carreira, soa, hoje, como blasfêmia. Além dos sete gols pelo Real Madrid, ele distribuiu sete assistências. Resumindo: teve participação direta em 14 gols do time merengue.
8 gols tem Casemiro na temporada 2020/2021: 7 pelo Real Madrid e 1 na Seleção Brasileira. O volante também deu 6 assistência no time merengue, em um meio de campo que tem Kroos e Modric
Fominha, só ficou fora de seis partidas do Real Madrid na temporada anterior. Três por suspensão, duas por ter sido infectado pela covid-19 e uma opção do ex-treinador dele, Zinedine Zidane. Regular, rompeu, em maio, a barreira de 500 jogos na carreira.
O profissionalismo do capitão de Tite na Seleção fez dele o jogador mais valorizado do elenco do Real Madrid no início deste ano. Em janeiro, foi avaliado em 72,6 milhões de euros pela consultoria especializada KPMG.
Casemiro faz parte de uma das gerações mais promissoras do futebol brasileiro. Há 10 anos, estava no timaço de Neymar e Lucas Moura na conquista do Sul-Americano Sub-20 pela Seleção Brasileira. Comanda a marcação no meio de campo do time comandado por Ney Franco. Usava justamente a camisa 5.
Na sequência daquele ano, brindou o Brasil com a última conquista do Mundial Sub-20 na final contra Portugal disputada na Colômbia. Hoje, é um dos três campeões daquele torneio entre os convocados para a Copa América. Os outros dois são os laterais Danilo e Alex Sandro.
Maduro, Casemiro assumiu o papel de liderança técnica e moral da Seleção. Suspenso contra a Bélgica nas quartas de final da Copa da Rússia em 2018, fez falta na única derrota de Tite como técnico num jogo oficial em cinco anos à frente da Seleção.
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