Ao fechar a contratação de Juan Carlos Osorio, o Athletico-PR se consolida como o clube mais ousado e imprevisível do país na escolha de treinadores. Havia um perfil definido e alguns nomes. As negociações com Cuca e Domenec Torrent, por exemplo, não prosperaram. O colombiano de 62 anos com passagem pelo São Paulo e pelas seleções do México e do Paraguai topou o desafio. O Furacão não terá um treinador com currículo repleto de títulos, longe disso, mas aposta em conceitos de jogo diferentes na próxima temporada. A preocupação é com o estopim curto do treinador em contato com um fio desencapado chamado Mario Celso Petraglia.
O fato é que o Athletico mantém a tradição de fugir da mesmice. O clube costuma ser criativo na escolha dos técnicos e às vezes paga caro pela ousadia. Em 2006, abriu as portas para um técnico alemão. Capitão do tri germânico na Copa do Mundo, Lothar Matthaus assumiu em 1º de fevereiro daquele ano e saiu 17 de março. Foram 44 dias no cargo e uma saída conturbada justificada à época por problemas particulares. Ele deixou Curitiba e retornou à Europa.
Em 2014, o Athletico foi buscar o espanhol Miguel Angel Portugal. Ele desembarcava no clube como responsável pelo título do Bolívar no Campeonato Boliviano de 2012/2013. O trabalho durou 131 dias. O profissional escolhido não virou o semestre no clube rubro-negro.
Na temporada de 2017, o Athletico surpreendeu ao investir no técnico brasileiro Fabiano Soares, até então desconhecido no mercado nacional e carreira construída em clubes de pequeno investimento de Portugal e da Espanha. A parceria durou 146 dias. Hoje, ele lidera o River-PI.
O Athletico também colocou na vitrine do futebol brasileiro o técnico António Oliveira. Tirou o auxiliar de Jesualdo Ferreira do Santos e delegou-lhe a prancheta rubro-negra em 2021. A passagem pelo Centro de Treinamento do Caju durou 180 dias, porém ele se consolidou no mercado nacional. É o responsável pela permanência do Cuiabá na Série A do Brasileirão.
Juan Carlos Osorio é mais uma aposta ousada do Athletico. O colombiano oferece muito mais ideias do que troféus. Ganhou o Apertura o Finalización de 2013 da Colômbia pelo Atlético Nacional e o Apertura de 2014 pelo clube. Foi bicampeão da Copa Colômbia em 2012 e 2013 e conquistou a Superliga da Colômbia em 2012. Em 2010, ganhou o Finalización pelo Once Caldas. Na passagem pelos EUA, levou o New York City ao título simbólico da Conferência Leste da MLS.
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