De 18 em Brasília a 99 em Manaus: os nove números de camisa do Gabigol

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Uma semana depois de vestir uma camisa do Corinthians e de perder o direito de estampar a 10 do Flamengo como forma de punição imposta pela diretoria rubro-negra, o atacante Gabriel Barbosa, o Gabigol, usará nesta quarta-feira contra o Amazonas, em Manaus, o nono número diferente na carreira profissional por quatro clubes diferentes: Santos, Internazionale da Itália, Benfica de Portugal e Flamengo.

Há 11 anos, Gabriel Barbosa saía do banco de reservas do Santos aos 16 anos com a camisa 18 para substituir o cenroavante Henrique Dourado no empate por 0 x 0 com o Flamengo, no Mané Garrincha, em Brasília. Daquele 26 de maio em diante, o atacante trocaria mais sete vezes de número na sequência da carreira.

Gabriel Barbosa também vestiu os números 17, 7 e a 10 eternizada pelo Rei Pelé no Santos. Brilhou até ser vendido pelo Peixe à Internazionale depois da conquista da medalha de ouro nos Jogos Olímpicos do Rio-2016 por 29,5 milhões de euros.

Na Itália, o reforço recebeu a camisa 96 e fez apenas um gol com ela na vitória da Inter por 1 x 0 contra o Bologna pela 25ª rodada do Campeonato Italiano na temporada de 2016/17. Reserva e com dificuldades de adaptação no elenco de Stefano Pioli, ele deixou o clube.

Emprestado pela Internazionale ao Benfica, Gabriel Barbosa recebeu a camisa 11 na chegada ao clube português. Ele novamente não se encontrou sob a batuta do técnico Rui Vitória. O único gol com a camisa encarnada garantiu a vitória por 1 x 0 contra o Olhanense pela terceira fase da Taça de Portugal, torneio equivalente à nossa Copa do Brasil.

Devolvido ao Inter, foi emprestado ao Santos e voltou a usar a 10.  A dezena do Peixe não deu azar ao atacante. Muito pelo contrário. Ele arrematou a artilharia do Campeonato Brasileiro com 18 gols em 35 jogos. Também foi um dos goleadores da Copa do Brasil na temporada de 2018 com quatro bolas na rede.

O sucesso de Gabriel Barbosa no Santos atraiu o até então recém-eleito Rodolfo Landim, novo presidente do Flamengo. Depois de desistir da contratação do centroavante Pablo, ele convenceu a Internazionale a emprestar o jogador ao clube carioca entregou a camisa 9 rubro-negra ao reforço. Com ela colecionou títulos e artilharias.

Gabriel Barbosa, que virou Gabigol e pediu para ser chamado de Gabi em meio às crises de identidade, herdou a camisa 10 de Diego na aposentadoria do meia do Flamengo e teve a benção de Arthur Antunes Coimbra, o Zico. A “virada de casaca” ao usar o manto do Corinthians em casa num dia de folga o fez perder o privilégio. O jogador passa a estampar a 99 contra o Amazonas. Ele continuará sendo 10 na Libertadores até o fim da fase de grupos. O clube pode mexer nas inscrições antes do início das oitavas de final.

“A camisa foi eu que pedi, eu que escolhi. A 99 tem vários símbolos que eles vão com o tempo entender e que eu entendi rápido”, declarou o atacante em entrevista ao UOL.

O ídolo rubro-negro não é o primeiro nem será o último a vestir a camisa 99 do Flamengo. Vágner Love adotou o número em 2012, quando Deivid era o dono da 9. Deivid também cedeu em 2010. Quando ele foi contratado, o número pertencia ao atacante Val Baiano.

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Marcos Paulo Lima

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