Ele conquistou a primeira estatueta de melhor do mundo da Fifa aos 23 anos. O segundo, aos 28. O terceiro, aos 29. Nesta segunda-feira, Cristiano Ronaldo virou tetracampeão e quebrou um tabu. Com 31 anos, 11 meses e 35 dias, o português se tornou o primeiro trintão coroado número 1 do planeta em 10 anos. O último havia sido o italiano Fabio Cannavaro, premiado aos 33 anos em 2006.
Em uma matéria publicada nesta segunda-feira no Correio Braziliense, calculei a média de idade dos melhores do mundo desde 1991, quando a Fifa criou seu prêmio: 26 anos. Ser eleito a partir dos 30 é raro. Dos 26 vencedores, apenas quatro conseguiram — Lothar Mathäus (1991), Zinedine Zidane (2003), Fabio Cannavaro (2006) e… Cristiano Ronaldo (2016). Por sinal, CR7 tomou o segundo lugar do técnico Zidane na lista dos mais velhos.
Lionel Messi é melhor do que Cristiano Ronaldo. Ponto. Mas, em 2016, o português foi o cara. Cansei de escrever aqui. Ele ajudou, dentro e fora do campo, Portugal a conquistar o único título de sua história: a Eurocopa. Na França. Contra a França. Dentro do Stade de France, onde eles são praticamente imbatíveis. Cristiano Ronaldo não falhou na última cobrança de pênalti do Real Madrid na final da Champions League. Acertou e brindou o clube merengue com o 11º título continental. Cristiano Ronaldo brilhou no Mundial de Clubes com quatro gol em dois jogos, três na final diante do Kashima Antlers.
Por isso, Cristiano Ronaldo mereceu o Fifa The Best, a Bola de Ouro da revista France Football, o Globe Soccer e o prêmio de melhor jogador da Europa. Individualmente, Messi foi superior a CR7. Ganhou o Campeonato Espanhol, a Copa do Rei, mas foi incapaz de usar seus superpoderes para evitar a eliminação diante do Atlético de Madri nas quartas de final da Liga dos Campeões. Desperdiçou a cobrança que poderia ter dado a Argentina o título da Copa América Centenário e encerrado 23 anos de jejum.
A rivalidade de Messi e Cristiano Ronaldo continua nas cédulas. Ambos são capitães de suas seleções. Têm direito a voto. O argentino não vota no português e vice-versa. Resta saber se a maior dinastia da história do esporte — ambos se revezam no topo desde 2008 — vai resistir ao tempo. Cristiano Ronaldo faz 32 anos em 5 de fevereiro. Lionel Messi vira trintão em 24 de junho. Como mostra este post e a matéria desta segunda-feira do Correio Braziliense, apenas quatro trintões ganharam o prêmio de melhor do mundo.
Infelizmente, a rivalidade de Messi e Cristiano Ronaldo entrou na casa dos 30 anos. Talvez, as futuras gerações não vejam dois craques tão obstinados pela excelência quanto os dois. Busquei comparaões, por exemplo, no MVP dos quatro principais esportes norte-americanos — NBA (basquete), NFL (futebol americano), NHL (hóquei sobre o gelo) e na MLB. No caso da Major League Beisebol, houve um monopólio. Wayne Gretzky faturou o Troféu Memorial Art oito vezes consecutivas das temporadas de 1979/1980 a 1988/1989, quando Mark Messier quebrou a dinastia. No tênis, o suíço Roger Federer e o espanhol Rafael Nadal conseguiram dominar o primeiro lugar do ranking da ATP por sete anos.
Messi e Cristiano Ronaldo são rivais há nove anos. Vão chegar a 10? O senhor tempo vai dar a resposta em janeiro de 2018, na entrega do prêmio de 2017…
A IDADE DOS MELHORES DO MUNDO
Vencedores do prêmio da Fifa, criado em 1991
1991 – Matthäus (30)
1992 – van Basten (28)
1993 – Baggio (26)
1994 – Romário (28)
1995 – Weah (29)
1996 – Ronaldo (20)
1997 – Ronaldo (21)
1998 – Zidane (26)
1999 – Rivaldo (27)
2000 – Zidane (28)
2001 – Figo (28)
2002 – Ronaldo (26)
2003 – Zidane (31)
2004 – Ronaldinho Gaúcho (22)
2005 – Ronaldinho Gaúcho (23)
2006 – Cannavaro (33)
2007 – Kaká (25)
2008 – Cristiano Ronaldo (23)
2009 – Messi (22)
2010 – Messi (23)
2011 – Messi (24)
2012 – Messi (25)
2013 – Cristiano Ronaldo (28)
2014 – Cristiano Ronaldo (29)
2015 – Messi (28)
2016 – Cristiano Ronaldo (31)
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