Copa América: como o Clássico do Pacífico frustrou 43.030 fãs no Texas

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A Copa América conseguiu na segunda partida o que a Eurocopa, disputada paralelamente na Alemanha, demorou 21 jogos para entregar: empate por 0 x 0. O Clássico do Pacífico entre Peru e Chile frustrou o público na AT&T Arena, em Arlington, nos Estados Unidos.

Um pecado imperdoável no país sede da Copa América é não pontuar. Esportes americanos não terminam com o placar intacto. Portanto, Peru e Chile decepcionaram 43.030 pagantes. Curiosamente, o primeiro 0 x 0 da Eurocopa também aconteceu nessa sexta-feira. A Holanda empatou com a França no Jogo 21 do torneio.

Os responsáveis pelo resultado em Arlington trabalharam no futebol brasileiro. Ex-Palmeiras, o argentino Ricardo Gareca é o técnico do Chile. Com passagem pelo Internacional, o uruguaio Jorge Fossati é o dono da prancheta peruana.

Não teve gol porque em vez de simplificar, os dois técnicos foram picados pela mania de tentar reinventar a roda para provar genialidade. No Peru, Fossati iniciou a partida com Advincula posicionado na ponta esquerda — e não na posição de origem dele, ou seja, a lateral direita. Advincula foi o autor do gol do Boca Juniors contra o Fluminense na final da Libertadores. Fossati queimou Advíncula ao substituí-lo aos 35 minutos do primeiro tempo por Marcos López.

Eleito o melhor jogador da partida, o atacante Alexis Sánchez desperdiçou a melhor chance do jogo ao finalizar sobre o travessão do goleiro peruano Pedro Gallese. Além da imprecisão da perna canhota do atacante, chama a atenção a falta de ritmo de jogo do Chile, A seleção fez só um amistoso antes da estreia. Derrotou o Paraguai por 3 x 0 em 11 de junho, ou seja, 10 dias antes de enfrentar o Peru em Arlington.

Um dado a ser observado nas duas seleções: a média de idade elevada em tempo de verão nos Estados Unidos. O Peru iniciou a Copa América com faixa etária de 31 anos. A formação inicial do Chile era de 31,5. Não houve trabalho de renovação. Em 2921, o Chile se despede da Copa América com média de 31,4 na derrota para o Brasil nas quartas de final. O Peru tinha uma escalação mais jovem contra o Brasil na semifinal de três anos atrás. Subiu de 29,8 para 31. Caminhar para trás também justifica o 0 x 0.

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Marcos Paulo Lima

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