Copa América: A nada mole vida de Lautaro Martínez na seleção da Argentina

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Fala mal de Lautaro Martinez quem se limita a ver o atacante sazonalmente em torneios com a camisa da seleção da Argentina. Como fizeram memes com ele na Copa do Mundo do Catar! Lembram? Não jogava nadinha…

Muitos desses críticos sequer sabiam o time do jogador e o papel relevante dele até a metade da temporada de 2022/2023. Lautaro Martínez desembarcou no Oriente Médio e se apresentou ao técnico Lionel Scaloni para o Mundial com oito gols e cinco assistências até a pausa nas competições europeias para o evento da Fifa. Ficou marcado por ter jogado mal contra a Arábia Saudita e México em duas exibições na fase de grupos e perdeu a posição para Julián Álvarez contra a Polônia. Mudou o ritmo da prorrogação na final contra a França, converteu pênalti e… nada!

Lautaro Martínez ajudou a Internazionale a disputar a final da Champions League naquela temporada contra o Manchester City, brindou o clube com o título italiano antecipado. Foi o artilheiro isolado com 24 gols. Nem mesmo os três gols do Toro em amistosos abriram caminho para iniciar a Copa América entre os titulares ao lado de Messi. Saiu do banco de reservas para marcar o segundo na vitória contra o Canadá e resolver o duelo com o Chile.

O placar mínimo é mentiroso. A Argentina teve a bola nos pés em 61% do tempo de jogo. Finalizou 22 vezes. Cinco delas com perigo. O goleiro chileno Bravo trabalhou pelo menos oito vezes. A marcação em linha alta funcionou, porém o adversário liderado por Ricardo Gareca resistiu até os 43 minutos do segundo tempo no Estádio Metlife, em Nova Jersey.

Lionel Messi deixou o jogo lesionado. Ele provavelmente não enfrentará o Peru na última rodada da fase de grupos. Nem há necessidade disso. É melhor preservar o camisa 10 para as oitavas de final. A expectativa, portanto, passa a ser sobre o substituto dele no ataque ao lado de Julián Álvarez. Lionel Scaloni vai optar por Di María ou a vaga é de Lautaro?

Independentemente da escolha, a Argentina se mostra forte, consolidada para disputar o bicampeonato da Copa América, nadar de braçada nas Eliminatórias e chegar ao Mundial de de 2026 como uma das favoritas ao título com ou sem Messi e Di María. A seleção de Lionel Scaloni é muito organizada, competitiva e letal. Messi faz falta? Óbvio! Ele participou dos três gols da Argentina na Copa América. Duas assistências na estreia contra o Canadá e a cobrança de escanteio para o gol de Lautaro Martínez no duelo com o Chile.

E pensar que essa guinada começou no Brasil quando o ex-presidente da CBF, Rogério Caboclo, e o secretário-geral Walter Feldman convenceram o então presidente Jair Bolsonaro a trazer a Copa América de 2021 para o Brasil devido ao impacto da pandemia na Argentina e na Colômbia. A conquista no Maracanã virou a chave e deu início à sequência de títulos na Copa América, Finalíssima e Copa do Mundo.

E o Canadá, hein? A vitória magrinha por 1 x 0 contra o Peru abriu caminho para a seleção de Alphonso Davies sonhar com vaga às quartas de final da Copa América. Um impulso e tanto para o trabalho de consolidação de uma das anfitriãs da Copa de 2026. O camisa 10 Jonathan David, meia-atacante do Lille, decidiu a partida. O duelo decisivo será contra o Chile na última rodada. Apenas uma das duas seleções irá à fase eliminatória.

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Marcos Paulo Lima

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