Para entender um pouquinho o que o técnico Roberto Martínez fez para eliminar o Brasil da Copa, recomenda-se voltar ao dia 6 de abril de 2014. Nessa data, o técnico espanhol usou o centroavante belga Lukaku para o Everton impor impôs ao Arsenal, de Arsène Wenger, uma goleada por 3 x 0 pela 33ª rodada do Campeonato Inglês.
Naquele jogo, Roberto Martínez posicionou Lukaku em campo da mesma em que ele começou o duelo contra o Brasil pelas quartas de final. Em vez de ser o homem de referência no ataque, assumiu a função de jogar aberto pela direita em uma linha de três meias: Lukaku, Osman centralizado e Mirallas aberto na esquerda. A ideia era aproveitar a força física do belga nos duelos contra o lateral-esquerdo Monreal, dos Gunners. O segundo gol do Everton foi de Lukaku, partindo com a bola dominada exatamente como fez em alguns lances contra o Brasil.
Resultado: o Everton goleou o Arsenal por 3 x 0 com gols de Naismith, do próprio Lukaku e um contra de Arteta. Com a experiência de quem conhece e trabalhou com Lukaku no Everton, Roberto Martínez sabia que poderia contar com ele para sufocar o lateral-esquerdo Marcelo. Consequentemente, recorreu ao artifício usado contra Wenger para dar um nó em Tite e nos auxiliares Cléber Xavier, Sylvinho e Matheus Bachi.
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Ao mexer em uma peça, ou seja, deslocar Lukaku para a direita, e entrar com Fellaini na função de volante, Roberto Martínez liberou De Bruyne para ser o falso 9, teoricamente na função que deveria ser ocupada por Lukaku. Ali, o craque do Manchester City bagunçou com o sistema defensivo de Tite, que até então só havia sido vazado uma vez, pela Suíça.
Com Lukaku aberto na direita, De Bruyne infernizando os zagueiros e Hazard na esquerda, a Bélgica deixou o Brasil em pane com sucessivos contra-ataques. De Bruyne iniciou a jogada que rendeu o escanteio. Cobrou, Kompany desviou e Fernandinho marcou contra. Depois, numa inversão de posição com Lukaku, viu o centroavante partir com a bola dominada no meio de campo e correu praticamente sozinho da defesa da Bélgica ao ataque para receber a bola e finalizar cruzado, sem chance para o goleiro Alisson.
Outro truque de Roberto Martínez foi neutralizar o ponto forte do ataque do Brasil, ou seja, a triangulação entre Neymar, Philippe Coutinho e Marcelo. Meunier, Alderweired e Fellaini tomaram conta do setor. Os três entenderam que a vitamina do Brasil estava daquele lado. Motivo: o apoio pela direita ficou enfraquecido depois da contusão de Daniel Alves.
Para completar, Fellaini vigiou Neymar. Desarmou o camisa 10 pelo menos quatro vezes e também se manteve próximo de Philippe Coutinho. Assim, a Bélgica repetiu a campanha de 1986, quando também chegou às semifinais, mas foi eliminada pela Argentina, de Maradona. Dessa forma, Roberto Martínez candidatou-se a ser o primeiro técnico estrangeiro a conquistar uma Copa do Mundo. Isso pode acontecer pela primeira vez em 21 edições.
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