52283893671_db6ece9e6d_c Flaco López comemora o gol contra de Roni, do Corinthians. Foto: Cesar Greco/Palmeiras Flaco López comemora o gol contra de Roni, do Corinthians. Foto: Cesar Greco/Palmeiras

Como as vitórias fora de casa nos clássicos paulistas explicam a disparada do Palmeiras no Brasileirão

Publicado em Esporte

O título do Brasileirão pode ser conquistado nos clássicos estaduais. Principalmente nos disputados fora de casa. O peso deles é maior em São Paulo. Os quatro grandes têm casa própria e os jogos são com torcida única. Ao derrotar o Corinthians por 1 x 0 neste sábado, na Neo Química Arena, o Palmeiras ampliou parcialmente a liderança isolada na Série A para nove pontos. Como o time de Abel Ferreira venceu Santos, São Paulo e Corinthians na Vila Belmiro, Morumbi e Itaquera nesta edição, é possível afirmar que a vantagem alviverde foi construída ao fazer o dever fora de casa — nove pontos — contra os três arquirrivais. 

 

O Palmeiras venceu o Santos, na Vila Belmiro, por 1 x 0. Foi ao Morumbi e triunfou de virada, por 2 x 1. Nesta rodada, contou com um gol contra de Roni para superar o Corinthians por 1 x 0 na Zona Leste. É quase impossível imaginar a derrocada de um time derrotado apenas duas vezes nesta edição por Ceará e Athletico-PR, ambos de uma forma surpreendente, ou seja, dentro do caldeirão do Allianz Parque. Levando-se em conta que os próximos duelos são contra Flamengo e Fluminense, o título pode ser encaminhado precocemente ainda neste mês de agosto em caso de triunfo sobre os dois concorrentes. 

 

Um detalhe chama a atenção na vitória do Palmeiras: o cansaço. O esforço hercúleo para segurar o Atlético-MG nas quartas de final da Libertadores cobraria caro no dérbi paulista. Ao contrário do colega Dorival Júnior, o português Abel Ferreira não dispõe de um elenco tão sortido como o do Flamengo. Enquanto o clube carioca se dá ao luxo de usar reservas nas últimas exibições, o Palmeiras monta no máximo um saboroso misto quente. Não repertório suficiente para abrir mão de 100% da tropa de elite. Daí o plano de usar o que há de melhor para manter concorrentes badalados distantes do retrovisor alviverde. 

 

O fato de ter sido eliminado da Copa do Brasil permite a recuperação de titulares estafados no meio da próxima semana, enquanto quatro concorrentes diretos na maratona pelo título — Athletico-PR, Corinthians, Flamengo e Fluminense — estarão se desgastando nas quartas de final do mata-mata nacional. Tudo conspira a favor. Inclusive um gol contra. 

 

A final da Libertadores do ano passado mostrou um Palmeiras impiedoso com quem comete falhas infantis como a do lateral-direito Fagner no dérbi. Ao errar a inversão de jogo com um passe para o meio, o ídolo alvinegro armou o contra-ataque alviverde, bagunçou o sistema defensivo e viu Roni marcar jogar contra o patrimônio. Acho até que se ele não fizesse contra, Flaco López empurraria a bola para o fundo da rede.  O atacante até comemorou como se tivesse marcado.

 

O Corinthians jogou melhor na primeira exibição pós-Willian. Renato Augusto tomou conta do meio de campo e mudou o patamar do time. Não ffoi o suficiente para resolver o maior problema do Timão na temporada: a falta de gols. Nem o recém-chegado Yuri Alberto, de quem tanto se espera consegue resolver. Muito menos o novo camisa 10 Róger Guedes. 

 

Siga no Twitter: @marcospaulolima

Siga no Instagram: @marcospaulolimadf