CBF pode tirar técnico do Corinthians para a Seleção Brasileira pela quarta vez em 18 anos

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O sucesso do Corinthians nos últimos 26 anos, com sete títulos brasileiros — seis na Série A e um na B — três Copas do Brasil, sete Paulistões, uma Libertadores e dois Mundiais de Clubes, tem seu preço… Pela quarta vez, em 18 anos, o segundo time mais popular do país deve perder seu técnico para a Seleção Brasileira. Com a saída de Dunga, Adenor Leonardo Bacchi, o Tite, 55 anos, negocia para ser o novo comandante verde-amarelo. A CBF fez o mesmo quando arrancou do Parque São Jorge Vanderlei Luxemburgo, Carlos Alberto Parreira e Mano Menezes.

Quando o Brasil perdeu a final da Copa do Mundo de 1998 para a França, por 3 x 0, Vanderlei Luxemburgo era o Tite da época. Estava tão por cima da carne seca que conseguiu aceitar o convite para suceder Mário Jorge Lobo Zagallo na Seleção e continuar até o fim daquele ano à frente do Corinthians. Deixou o Timão por cima. Foi campeão brasileiro. Ao mesmo tempo, empatou com a Iugoslávia (1 x 1) e goleou o Equador e Rússia pelo mesmo placar (5 x 1) em três amistosos do Brasil.

Pentacampeão em 2002, o Brasil esperou o ano acabar para tirar Carlos Alberto Parreira do Corinthians. O treinador havia levado o Timão aos títulos do Torneio Rio-São Paulo diante do São Paulo, da Copa do Brasil em cima do Brasiliense e ao vice no Campeonato Brasileiro diante do Santos, do meia Diego e do atacante Robinho. Quando o Brasileirão acabou, Parreira deixou o Corinthians e retornou à Seleção Brasileira.

Em 2010, a solução da CBF estava novamente no Corinthians. Demitido, Dunga daria lugar a Muricy Ramalho, mas o então treinador do Fluminense disse não a Ricardo Teixeira. O título da Série B (2008) e as conquistas do Paulistão e da Copa do Brasil em 2009 fizeram de Mano o Plano B. O treinador largou o Corinthians em 2010 e abraçou o projeto da Copa de 2014. Dois anos depois, em 2012, era demitido por José Maria Marin para dar lugar a Felipão.

Tite era a bola da vez desde a saída de Mano Menezes em 2012. Mas Marin e Del Nero preferiram os notáveis Luiz Felipe Scolari e Carlos Alberto Parreira. Enquanto isso, Tite conquistava coleciona conquistas em série: Brasileirão de 2011, Libertadores e Mundial de Clubes em 2012, Paulistão e Recopa Sul-Americana em 2013 e foi se reciclar na Europa. Na hora H, quando esperava ser chamado por José Maria Marin e Marco Polo Del Nero, havia um Dunga no meio do caminho. Agora que a pedra foi removida, chegou a vez de Tite. Seu Adenor pode ser quarto técnico do Corinthians em 18 anos que deixa o clube para assumir a Seleção.

Marcos Paulo Lima

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