

Artur decretou a vitória do atual campeão aos 14 segundos. Foto: Vitor Silva/Botafogo
Não tenho dúvida de que o técnico Carlo Ancelotti foi ao Nilton Santos observar o volante Danilo para a próxima ou futuras convocações da Seleção Brasileira antes da Copa do Mundo de 2026. No entanto, o jovem de 24 anos desperdiçou a oportunidade na vitória do Botafogo por 1 x 0 contra a LDU no jogo de ida das oitavas de final da Libertadores.
Revelado pelo Palmeiras, Danilo fez par com Marlon Freitas pela primeira vez desde o início de uma partida. Ambos têm tudo para formar a melhor dupla de volantes do país. Escrevi isso na contratação do jogador revelado pelo Palmeiras. No entanto, é preciso dar tempo ao tempo.
Os dois jogadores atuaram lado a lado no sistema 4-2-3-1 de Davide Ancelotti, mas ambos bateram cabeça. Embora Artur tenha marcado o gol relampado aos 14 segundos do primeiro tempo, o atual campeão da Libertadores não teve meio de campo.
Um dos motivos foi justamente a falta de entrosamento entre Marlon Freitas, Danilo e Savarino. Outra razão foi a proposta de marcação física da LDU. As chegadas dos equatorianos na marcação incomodaram — e intimidaram — a equipe alvinegra.
Sem o controle do meio de campo, o Botafogo passou a esticar bolas à caça do tamanho do centroavante Arthur Cabral. O jogador de 1,86m era o único com força física para disputar bolas com o sistema defensivo da LDU. Artur e Montoro não tinham envergadura para isso.
O técnico brasileiro Tiago Nunes entendeu isso. Com a experiência de quem conquistou a Copa Sul-Americana pelo Athletico-PR, engoliu o novato Davide Ancelotti taticamente ao quebrar as conexões alvinegras. O italiano é estreante na Libertadores. Conhece outro tipo de jogo, aquele da Champions League. Lá, geralmente se deixa jogar. Aqui, não.
A LDU se organizou depois do gol relâmpago. Enquanto o Botafogo se enrolava no meio de campo, o time equatoriano comportava-se obedientemente no sistema 3-5-2 do início ao fim da partida. Formava praticamente um cinturão no meio de campo com Quintero na ala-direita, Villamil, Gruezo e Cornejo por dentro e Bryan Ramírez na ala-esquerda.
A malícia de Tiago Nunes em torneios sul-americanos venceu a ingenuidade da proposta de jogo de Davide Ancelotti. Não por culpa dele. Na temporada passada, o elenco oferecia tanques de guerra como Luiz Henrique e Junior Santos, por exemplo. Ambos bateriam facilmente de frente com a forte marcação da LDU. A vitória do Botafogo é importante, óbvio, mas o bom jogo da LDU e a altitude de 2.840m de Quito ameaçam o atual campeão.
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