A CBF seguiu à risca o ditado “combinado não sai caro” e a Seleção Brasileira desembarcará neste sábado, no Catar, ciente da premiação que receberá da entidade máxima do futebol nacional se conquistar o hexacampeonato.
O blog apurou que o sigiloso valor milionário acordado foi estabelecido na última data Fifa antes da convocação, na França, entre o presidente Ednaldo Rodrigues, o coordenador de seleções Juninho Paulista e os capitães de Tite com a intenção de deixar a pré-temporada no Centro de Treinamentos da Juventus, em Turim, leve e imune a polêmicas do passado.
Em 1990, atletas e cartolas fizeram queda de braço sobre direitos de arena às vésperas do clássico contra a Argentina nas oitavas de final. O Brasil perdeu por 1 x 0 e deu adeus ao torneio na Itália.
O procedimento adotado neste ano é o mesmo da Copa passada. Há quatro anos e meio, o elenco se apresentou a Tite, na Inglaterra, ciente do bicho e da forma de pagamento: a primeira parte do bônus na convocação, outra na chegada à final e a última após a conquista. Tanto em 2018 como em 2022 não se falou em dinheiro na primeira semana de trabalho. Tudo como planejou Tite — e concordaram os jogadores.
O valor exato do bicho é mantido em segredo internamente, mas com base nas últimas edições é possível projetar que o pagamento integral alcance facilmente a casa dos milhões de dólares e reais (na cotação do dia) para cada um dos 26 jogadores e a cúpula da comissão técnica, ou seja, Tite e os colaboradores mais próximos.
A maior fatia da premiacao viria da recompensa que a Fifa repassará ao país campeão. Neste ano, a entidade liderada por Gianni Infantino creditará US$ 42 milhões na conta do filiado campeão. Em 2018, cada jogador receberia US$ 1 milhão pela sexta estrela. As cifras foram as mesmas na Copa de 2014, em casa, e na África do Sul, em 2010. Uma fonte indica que o valor pode ser até muito superior à média.
Única ameaça à hegemonia do Brasil nesta Copa a tetracampeã Alemanha bancará € 400 mil (R$ 2,04 milhões) a cada jogador pelo pentacampeonato.
Apesar do mistério, a tendência, levando-se em conta a variação cambial, é de que seja o maior prêmio oferecido pela CBF em 22 partipações do Brasil na Copa. O combinado em 2022 sairia bem mais caro do que o investido na conquista do pentacampeonato, em 2002. Há 20 anos, cada jogador recebeu US$ 100 mil pela quinta estrela, aproximadamente R$ 750 mil. Em 1994, após a conquista do título, os jogadores ganharam US$ 80 mil. O inédito ouro olímpico nos Jogos do Rio-2016 distribuiu R$ 12 milhões entre jogadores e comissão técnica. Cada um dos 18 atletas recebeu R$ 500 mil.
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