Denunciado aqui no blog Drible de Corpo, o escândalo do arranjo de resultados no Campeonato Candango de 2021 será mais uma peça do quebra-cabeça da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre manipulação de resultados em partidas de futebol na Câmara dos Deputados. O requerimento partiu do deputado federal Eduardo Bandeira de Mello (PSB-RJ) e foi aprovado na última quarta-feira.
O político sugere o cruzamento das informações levantadas pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) com as apurações de outros casos espalhados pelo país – a Operação Penalidade Máxima deflagrada depois de acusações da diretoria do Vila Nova-GO é uma principal delas. A Operação Gol Contra, no Rio de Janeiro, também conta na lista.
Em entrevista ao blog, Bandeira de Mello explicou a iniciativa. “Eu vi as matérias no Correio Braziliense sobre a manipulação de resultados no Candangão em 2021 e tomei conhecimento de que o Ministério Público do Distrito Federal já está cuidando do assunto. Mas eu acho importante que a CPI da Câmara Federal participe disso também”, relatou o parlamentar.
“O intuito é de colaborar, de ações conjuntas. Nós devemos compartilhar esses dados e tentar agir de maneira colaborativa para que esse assunto seja definitivamente resolvido, que essa manipulação seja minimizada ou até erradicada”, detalha Bandeira de Mello.
O ex-presidente do Flamengo considera relevante unir os pontos das diversas investigações na tentativa de incrementar a apuração dos diversos escândalos pelo país. “Vamos associar o que a gente já tem em matéria de dados com relação ao Brasileirão, Série B, e agora o Candangão também”, concluiu.
Em 16 de abril de 2021, o blog publicou que o MPDFT apuraria denúncias de manipulação de resultados no Campeonato do Distrito Federal. Desde então, o Correio Braziliense publicou uma série de reportagens batizada de Candangate.
Em 7 de junho de 2021, o blog publicou um relatório no qual estavam apontados os jogos suspeitos de contaminação no principal torneio de futebol da capital e os principais pontos sob desconfiança. Desde então, o Tribunal de Justiça Desportiva do Distrito Federal (TJD-DF) ouviu dirigentes, jogadores e iniciou a investigação em parceria com o MPDFT.
A Federação de Futebol do Distrito Federal começou a tomar providências depois das denúncias. Todos os jogos da primeira divisão passaram a ser transmitidos no mínimo nas redes sociais a fim de evitar apagões na apuração de provas dos crimes. As partidas passaram a ser monitoradas por uma empresa especializada em rastrear comportamentos de apostas suspeitos e desvios de padrão nas partidas da competição doméstica.
Bandeira de Mello também teve aprovado o requerimento de informações da Delegacia de Defraudações da Polícia Civil e o Gaedest (Grupo de Atuação Especializada do Desporto e Defesa do Torcedor do Ministério Público do Rio) sobre a Operação Gol Contra. A apuração investigou suspeita de manipulação de resultados na quarta divisão do futebol do Rio de Janeiro.
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