Atlético oficializa guinada da LFF para Libra e acirra debate sobre criação da Liga

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Um dia depois de trocar o modelo associativo pela Sociedade Anônima do Futebol (SAF), o Atlético-MG virou oficialmente a casaca também na política esportiva. Nesta sexta-feira o clube migrou oficialmente da Liga Futebol Forte (LFF) para a Liga do Futebol Brasileiro (Libra). O clube havia tomado essa decisão na semana passada. Faltava apenas formalizá-la. O Galo assinou o Memorando de Entendimentos com o Mubadala Capital e os documentos de formalização da adesão ao bloco.

Nesta sexta-feira, os associados deram boas vindas ao Atlético-MG e celebraram a decisão do clube. O grupo lembrou que trabalha incansavelmente em um projeto completo para a criação da liga de futebol no Brasil.

Com a adesão do Atlético-MG, a Libra passa a contar com 16 clubes. Além do Galo, Bahia, Corinthians, Flamengo, Grêmio, Guarani, Ituano, Mirassol, Novorizontino, Palmeiras, Ponte Preta, Red Bull Bragantino, Sampaio Corrêa, Santos, São Paulo e Vitória compõem o bloco. O investidor é a Mubadala Capital.

A LFF agrega 24: ABC, Athletico-PR, América-MG, Atlético-GO, Avaí, Brusque, Chapecoense, Ceará, Criciúma, CRB, CSA, Cuiabá, Figueirense, Fluminense, Fortaleza, Goiás, Inter, Juventude, Londrina, Náutico, Operário, Sport, Tombense e Vila Nova. Há, ainda, o Grupo União formado por Botafogo, Coritiba, Cruzeiro e Vasco. Os investidores desses dois grupos são os mesmos: Serengeti e LCP.

A mudança de rumo é emblemática. O Atlético-MG fazia parte da tropa de elite da LFF ao lado do presidente do Fluminense, Mário Bittencourt; e do Ahtletico-PR, Celso Petraglia. A saída causou irritação. Os adeptos avaliaram a troca do Galo como resultado de uma pressão externa e apontaram que a decisão coloca o clube em contradição.

“Publicamente, o presidente Sérgio Coelho chegou a criticar a Libra por causa dos privilégios oferecidos a Flamengo/Corinthians e defendia o modelo da LFF como o mais benéfico para um Brasileirão equilibrado”, diz um comunicado publicado na semana passada.

O grupo antagônico à Libra cita outros problemas. “Os remanescentes no Forte Futebol também apontam que a diferença das receitas entre Atlético e Flamengo será maior com a mudança”, critica.

A LFF analisa também a guinada do clube mineiro: “O primeiro ponto tem relação com o banco BTG. Apesar de a diretoria atleticana não admitir, há um consenso dentro da LFF de que o clube trocou de lado por influência da empresa. Cabe destacar que, além de ter cerca de R$ 168 milhões a receber do Galo, o BTG alinhou uma parceria financeira com o comando do Atlético-MG na futura SAF do clube”, contrapõe.

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Marcos Paulo Lima

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