Atual campeão da Copa Libertadores da América, o Atlético Nacional já faturou (ou tem a receber) R$ 58,7 milhões de clubes brasileiros. O blog levantou o preço das contratações de Miguel Borja — anunciado oficialmente no site do clube colombiano nesta quinta-feira como reforço do Palmeiras —, de Alejandro Guerra, também adquirido pelo alviverde; de Orlando Berrío, reforço do Flamengo; e de Jonathan Copete, comprado no ano passado pelo Santos.
Conversei por telefone com o técnico Reinaldo Rueda sobre as perdas e danos causados pelas negociações para a defesa do título continental e ele não escondeu o desânimo. “É muito difícil (brigar pelo bi). Nós temos pouco tempo para remontar o time e torná-lo competitivo novamente. É mais um grande desafio”, afirmou o treinador de 59 anos, que quase veio para o Brasil depois do Mundial de Clubes da Fifa. “Eu fui sondado lá no Japão, mas não recebi uma proposta oficial do Corinthians”, diz.
Eleito o melhor jogador da América no fim do ano passado, Miguel Borja é o mais caro da turma. O atacante de 24 anos chega ao Palmeiras por R$ 33 milhões. O valor vai ser pago pelo clube paulista em três parcelas semestrais. Antes do colombiano, o Palmeiras contratou outro campeão da Copa Libertadores da América. O meia venezuelano Alejandro Guerra custou aproximadamente R$ 9,7 milhões.
Para contratar o atacante Orlando Berrío, de 25 anos, o Flamengo desembolsou R$ 11 milhões. A exemplo do Palmeiras, o rubro-negro dividiu a compra a perder de vista. O carnê do clube carioca prevê o pagamento em dois anos. Berrío estreou aqui em Brasília na última quarta-feira e balançou a rede na vitória por 2 x 0 sobre o Grêmio, pela Primeira Liga.
No ano passado, o Santos arrancou Jonhathan Copete do Atlético Nacional durante a Libertadores. O atacante de 29 anos acertou com o Peixe por R$ 5 milhões.
Recentemente, o Atlético Nacional perdeu outros dois jogadores para clubes brasileiros, mas ambos por empréstimo. Depois de passar pelo Atlético-MG, Sherman Cárdenas começa a temporada no Vitória. Luis Carlos Ruiz foi cedido ao Sport no ano passado, mas o atacante de 30 anos já deixou o clube pernambucano.
“É muito difícil (brigar pelo tricampeonato da Libertadores). Nós temos pouco tempo para remontar o time e torná-lo competitivo novamente. É mais um grande desafio”
Reinaldo Rueda, ao blog, sobre a perda de quatro campeões para o futebol brasileiro
Reduto colombiano
A contratação de Miguel Borja aumenta o histórico de apostas do Palmeiras em atacantes colombianos. O atacante de 24 anos é o quarto jogador com passagem pelo Atlético Nacional que veio parar no clube paulista.
Faustino Asprilla defendeu o time de Medellín de 1989 a 1992. Foi campeão nacional por lá em 1991 e passou por Parma, da Itália, e Newcastle, da Inglaterra. Oito anos depois, chegou ao Palmeiras e contabilizou 12 gols em 54 jogos. Deu tempo de conquistar um Rio-São Paulo em 2000 e a Copa dos Campeões em 2000.
Depois de Asprilla, León Darío Muñoz trabalhou no Palmeiras de 2001 a 2005. O clube anterior do jogador havia sido o Atlético Nacional, pelo qual conquistou um Campeonato Colombiano, uma Copa Interamericana e uma Merconorte.
O Palmeiras também investiu no atacante Carlos Castro. Atacante do Atlético Nacional de 1996 a 1999, foi contratado pelo Palmeiras em 2003, depois de uma passagem pelo futebol mexicano. O curioso é que Carlos Castro jamais estreou com a camisa do Palmeiras.
Atacantes à parte, o Palmeiras já teve o volante Freddy Ricon, o meia Harold Lozano, o lateral-esquerdo Pablo Armero e conta atualmente no elenco com o zagueiro Mina.
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