Ataque do Brasil dá munição para Diniz fazer convocação revolucionária

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Fernando Diniz vai chegar grandão na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) nesta segunda-feira. Quando assumiu a Seleção, tinha como principal título no currículo o Campeonato Carioca com uma virada imponente contra o Flamengo na final. Agora, está no patamar de ex-técnicos da Amarelinha campeões da Libertadores: Luiz Felipe Scolari, Tite, Telê Santana, Zezé Moreira. A mudança de patamar permite ao comandante do Fluminense protagonizar uma das convocações mais ousadas e revolucionárias dos últimos tempos para os duelos contra Colômbia e Argentina pela quinta e sexta rodadas das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026. O anúncio da lista será às 14h, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.

Um setor específico dá munição a Diniz para quebrar paradigmas: o ataque. Richarlison, Gabriel Jesus e Matheus Cunha definitivamente não deram motivo para o técnico insistir com eles. Logo, está aberta a oportunidade de o técnico ousar e chamar pelo menos quatro destaques deste Campeonato Brasileiro: o vice-goleador Marcos Leonardo (Santos), os artilheiros Paulinho (Atlético-MG) e Tiquinho Soares (Botafogo) e o diamante raro do Palmeiras chamado Endrick. Pedro (Flamengo) retoma a boa fase, porém corre por fora, muito atrás dos concorrentes. Lá no fundo do coração de Diniz haveria um cantinho para Cano e John Kennedy também.

Lamentavelmente, o Brasil não tem atacantes em alta na Europa a essa altura da temporada. Vinicius Junior e Rodrygo são questionados no Real Madrid. Não decidem jogos quando o inglês Bellingham passa longe das redes. Richarlison sente o peso de suceder Harry Kane no Tottenham. Tem apenas dois gols, um na Premier League e outro na Copa da Liga. Pouquíssimo.

Se alguém pode ser preservado é Gabriel Jesus. Talvez você não saiba, mas o atacante do Arsenal é um dos três artilheiros da Liga dos Campeões. Ele, o compatriota Evanílson (Porto) e o argentino Julian Álvarez dividem a artilharia do torneio com três gols cada um.

A ausência de Neymar por pelo menos oito meses encaminha a volta de Lucas Paquetá. A CBF deixou de convocar o meia do West Ham devido às denúncias do suposto envolvimento do meia em uma manipulação de resultados, mas a demora na apuração indica a possibilidade de o jogador retornar à lista para assumiu o papel de Neymar como homem de ligação.

Se estiver disposto a manter minimamente a base, a estrutura do time nas partidas contra a Colômbia, em Barranquilla, e a Argentina, no Maracanã, Fernando Diniz fará mudanças pontuais no time. É possível imaginar, por exemplo, a seguinte formação para o primeiro compromisso: Ederson; Emerson Royal, Marquinhos, Gabriel Magalhães e Renan Lodi; André, Bruno Guimarães e Rodrygo; Raphinha, Gabriel Jesus e Vinicius Junior. Outra opção no ataque seria Raphinha, Rodrygo e Vinicius Junior. Por que não ousar com o virtual ataque do Real Madrid, Rodrygo, Endrick e Vinicius Junior?

A melhor notícia seria ter Marcos Leonardo, Endrick ao menos no banco. Diniz tem tamanho e oportunidade para fazer isso na convocação deste domingo. Eu ousaria um pouco mais. Formaria o ataque com Marcos Leonardo ou Endrick como referência. Merecem. Nomes certos como Danilo, Casemiro e Gabriel Jesus estão lesionados e dificilmente serão convocados.

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Marcos Paulo Lima

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