A apresentação de Renato Augusto no Corinthians nesta quarta-feira confirma uma tendência iniciada no segundo semestre de 2019: os pupilos mais velhos de Tite na Copa de 2018 estão cada vez mais pegando o rumo de casa. Aos 33 anos, o meia é o quarto convocado levado à Rússia a retornar ao país. O contrato com o clube paulista vai até o fim de 2023. Antes dele, Filipe Luís, Miranda, Douglas Costa e Taison anunciaram o retorno ao país. Não tenho dúvida de que Renato Augusto interessa ao técnico da Seleção Brasileira a um ano e meio do Mundial e o técnico Sylvinho, ex-auxiliar de Tite, terá papel importantíssimo na tentativa de recuperar o camisa 8.
Filipe Luís foi o primeiro a trocar a Europa pelo Brasil. Disputou a Copa América 2019 como jogador do Atlético de Madrid. Sondado pelo Flamengo durante o torneio continental disputado no país, resistiu, manteve a discrição sobre o acerto e só confirmou a escolha pelo clube carioca depois da conquista do título sul-americano contra o Peru, no Maracanã.
Neste ano, Miranda também decidiu retornar ao país. Em meio à crise sanitária no país e econômica na Liga da China, aguardou propostas dos clubes brasileiros até aceitar o convite para retornar ao São Paulo. Aos 36 anos, voltou a ser titular no tricolor paulista, de onde saiu em 2011 para defender Atlético de Madrid, Internazionale e Jiangsu Suning.
Reserva na Copa da Rússia, Taison é ídolo do Internacional e um dos xodós de Tite. Fez gol no amistoso do Brasil contra a Austrália, em 2017, sob comando do técnico da Seleção Brasileira. Estava no Shakhtar Donetsk havia 13 anos. Hexacampeão da Ucrânia, conquistou, também, cinco edições da Copa da Ucrânia e quatro Supercopas da Ucrânia. No fim de semana, desencantou nos 4 x 0 contra o Flamengo, no Maracanã, pelo Campeonato Brasileiro.
Douglas Costa também pegou o rumo do Brasil recentemente. Há três anos, participou de dois dos cinco jogos do Brasil na Copa do Mundo da Rússia. Depois das passagens pelo Shakhtar Donetsk, Bayern de Munique e Juventus, o atacante está de volta ao Grêmio.
A Seleção sempre foi um prêmio. Chega e faz um bom trabalho no clube e tem esse prêmio. Meu pensamento hoje é estar bem, ajudar o Corinthians, buscar títulos e coisas grandes. É continuidade do trabalho. Não penso nisso agora.
Renato Augusto, sobre Seleção Brasileira
Renato Augusto era o homem da leitura tática de Tite. Uma espécie de técnico da Seleção dentro das quatro linhas até a Copa da Rússia. Lesionado, entrou em campo contra Suíça, Sérvia e Bélgica. Fez gol e quase empatou a partida em que o Brasil foi eliminado nas quartas de final. Se voltar a ser o mesmo de antes da Copa, Renato Augusto reconquistará Tite.
O técnico da Seleção convocou Renato Augusto na primeira lista depois do Mundial da Rússia. Ele só não enfrentou Estados Unidos e El Salvador porque pediu dispensa alegando motivos pessoais. Por sinal, Tite sente falta de substitutos para Renato Augusto e Paulinho desde 2018.
Por sinal, Renato Augusto falou sobre a possibilidade de disputar a Copa de 2022 na entrevista desta quarta, em São Paulo. “Olha, a Seleção sempre foi um prêmio. Chega e faz um bom trabalho no clube e tem esse prêmio. Meu pensamento hoje é estar bem, ajudar o Corinthians, buscar títulos e coisas grandes. É continuidade do trabalho. Não penso nisso agora. Realmente, penso em estar bem, jogar em alto nível, para ajudar a equipe”, comentou o m eia.
Os números de Renato Augusto na primeira passagem pelo Corinthians são ótimos. Disputou 127 jogos e fez 15 gols de 2013 a 2015. Ganhou o Campeonato Paulista, Recopa Sul-Americana e Campeonato Brasileiro. Idade não é problema. “Como eu tinha um clube que precisava tanto dessa parte física minha, comecei a me cuidar mais. Vai passando o tempo, você vê que fica mais importante cuidar do próprio corpo. Eu tomava suplementos, mantinha um rotina, me ajudou a estar bem, me manter na Seleção. Fazia também um acompanhamento com nutrólogo. Isso me fez passar Eliminatórias, chegar na Copa do Mundo. Um trabalho que virou algo normal para mim. Mantenho esse trabalho para seguir jogando em alto nível”, disse.
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