Análise, estatísticas e curiosidades do primeiro jogo da final do Candangão

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Equilíbrio

Pela primeira vez desde a inauguração, o Mané Garrincha recebeu um empate na primeira partida da final do Campeonato Candango. Brasiliense (2013), Luziânia (2014), Gama (2015) e Luziânia (2016) venceram o primeiro duelo, administraram a vantagem no segundo e conquistaram o título candango. O empate por 2 x 2 deste sábado obriga o próximo duelo a ter um vencedor no tempo normal. Do contrário, a decisão vai para as cobranças de pênalti.

Primeiro round no novo Mané

2013: Primeiro jogo no Serejão. Apenas o segundo jogo entre Brasília e Brasiliense foi no Mané

2014: Brasília 2 x 3 Luziânia

2015: Gama 3 x 0 Brasília

2016: Luziânia 2 x 0 Ceilândia

2017: Ceilândia 2 x 2 Brasiliense

Público ruim, mas não o pior

O público no Mané Garrincha foi de 3.296 pagantes. Acredite se quiser: não foi o pior de uma primeira partida da decisão desde a inauguração da arena. No ano passado, o Luziânia venceu o Ceilândia por 2 x 0 na partida de ida diante de 2.784 testemunhas.

Paralelo ao jogo…

Enquanto rolava a final do Campeonato Candango, cerca de 2 mil credenciados acompanhavam em uma área VIP do Mané Garrincha a palestra Mudança e Superação pelo Talento: Seus sonhos só dependem de você, com o apresentador e mágico internacional Bianko. Os credenciados de vez em quando davam uma espiadinha no Mané Garrincha e tiravam fotos no estádios. Os mais fanáticos por futebol sentaram na arquibancada e assistiram ao jogo. O evento paralelo ao jogo faz parte da Conferência Distrital do Rotary Club.

Que pecado

O técnico Adelson de Almeida tem fama de retranqueiro, mas massacrou o Brasiliense por 20 minutos investindo, na minha opinião, nos pontos fracos do adversário: os laterais Patrick e Gerson. Sem exagero, alvinegro poderia ter até saído do Mané Garrincha com a mão na taça.  O Ceilândia perdeu a chance de resolver a final em meia hora. Fez um gol com Michel Platini após lindo passe de Felipe Cirne, viu Andrey fazer milagre e o árbitro Almir Camargo anular dois gols corretamente. O Ceilândia esqueceu que do outro lado estava um octacampeão candango e que a camisa amarela pesa.

Arrumou o time

Aldo foi decisivo na campanha do título do Luziânia em 2016. Neste sábado, arrumou a casa depois dos 20 minutos de domínio do Ceilândia. A pegada do volante, a movimentação de Reinaldo e as opções dadas por Márcio Diogo impulsionaram a reação do Brasiliense. Enquanto teve fôlego, Reinaldo alternou momentos de meia e de centroavante. E foi assim que o camisa 11 apareceu na cara do gol para empatar a partida.

Quando ele faz gol na final é campeão…

Reinaldo tem fama de jogador de decisão. Há 15 anos, marcou nas partidas de ida e volta da final do Supercampeonato Paulista contra o Ituano. O São Paulo empatou por 2 x 2 na ida e goleou por 4 x 1 na volta. Reinaldo deixou o dele nas duas partidas e o tricolor levou a taça. Reinaldo também balançou a rede no duelo de volta da final do Campeonato Carioca de 2000 contra o Vasco e o Flamengo foi campeão.

IluminAldo

Como se não bastasse o bom bom volante Aldo ter engolido o meio de campo do Ceilândia a partir dos 20 minutos do primeiro tempo, ele quase o Ceilândia no segundo tempo. O alvinegro foi surpreendido com a infiltração do camisa 5 sozinho na área. Apareceu na cara do do goleiro Artur, driblou como um atacante e virou o jogo. Achei que a defesa vacilou feio no lance, mas a visão de jogo do Luquinhas no lançamento merece aplausos. A qualidade do Aldo na finalização não é novidade. Ele fez quatro gols neste Candangão. No ano passado, balançou a rede seis vezes na campanha do título do Luziânia. É um “Elias”, um “Paulinho” do Cerrado.  Aquele volante que se você piscar na marcação aparece sozinho na cara do gol.

Cedo para administrar vantagem

Discreto na partida, Souza tentou tomar as rédeas da partida depois do gol da virada. Pediu a bola e quis cadenciar o jogo. Fez até graça dando passe ao estilo Ronaldinho Gaúcho — olhando para um lado e tocando para o outro. Mas Souza estava exausto e teve de ser substituído. Artur chegou a e evitar o terceiro gol do Brasiliense. A defesa deu moral para a reação do Ceilândia nos últimos minutos.

Zagueiro-artilheiro

Badhuga está iluminado na fase de mata-mata. Marcou contra o Paracatu no primeiro jogo da semifinal e fez o gol do empate do Ceilândia neste sábado contra o Brasiliense. Fez justiça ao placar no Mané Garrincha. Em grande fase, Badhuga também havia balançado a rede do Luziânia na primeira fase do Candangão e do Sete de Setembro na Copa Verde.

Momento Neuer

No último lance de perigo da partida, Romarinho quase saiu na cara do gol. Baixou o espírito do goleiro alemão Neuer no goleiro Andrey, do Brasiliense, e ele saiu jogando com classe.

Curti

Um joinha para as atuações de Aldo, do Brasiliense, e de Felipe Cirne, do Ceilândia, o cara do passe para o gol do Michel Platini aos oito do primeiro tempo.

Apito

Marcado pela péssima arbitragem na Batalha do Bezerrão, quando houve briga generalizada no Bezerrão entre jogadores e torcedores, Almir Camargo fez bom trabalho neste sábado. Deu seis cartões amarelos e não caiu numa simulação de pênalti do Brasiliense no primeiro tempo.

Pelo que vi…

O Brasiliense tem mais time e continua sendo o favorito na minha opinião. Mas os primeiros 20 minutos de jogo na primeira partida e a entrega do time nos últimos minutos em busca do empate servem de alento. Nesta fase de mata-mata, o Brasiliense tem jogado mal a primeira partida e muito bem a segunda. Foi assim contra Real e Sobradinho. Mas nada impede o Ceilândia de ganhar no tempo normal ou até mesmo nos pênaltis.

FICHA TÉCNICA

CEILÂNDIA 2

Artur

Dudu Lopes, Badhuga, Wallison e Elivelto

Didão, Emerson (Willian), Alcione e Felipe Cirne (Formiga)

Romarinho e Michel Platini (Gilmar Herê)

Técnico: Adelson de Almeida

BRASILIENSE 2

Andrey

Patrick, Preto Costa, Wallace e Gerson

Aldo, Lucas Zen, Souza (Souza) e Reinaldo (Malaquias)

Peninha (Luquinhas) e Márcio Diogo

Técnico: Rafael Toledo

Gols

Michel Platini, aos 8, e Reinaldo, aos 33 minutos do primeiro; Aldo, aos 28, e Badhuga, aos 39 minutos do segundo tempo.

Cartões amarelos

Patrick, Peninha e Márcio Diogo (Brasiliense)

Elivelto, Wallison e Alcione (Ceilândia

Estádio: Mané Garrincha

Público: 3.296 pagantes

Renda: Não divulgada

Árbitro: Almir Camargo

Marcos Paulo Lima

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