Conversei na manhã desta terça-feira com um amigo próximo do técnico Reinaldo Rueda. De Cali, na Colômbia, a fonte conta que o sonho de consumo da torcida do Flamengo já disse sim à proposta apresentada ontem, considera uma honra trabalhar no Brasil e uma oportunidade importante na carreira assumir um clube tão grande. Reinaldo Rueda ainda está na Europa em um período de reciclagem, mas já avisou que pode voltar a qualquer momento a Cali. Rueda tem mantido contato por telefone e troca de mensagens com a cúpula rubro-negra. Se o download da negociação chegar a 100%, há possibilidade de um emissário ir ao encontro para sacramentar pessoalmente a contratação do treinador de 60 anos. Além do acerto salarial, há duas pendências importantes: o desejo do profissional de ficar livre para assumir a Colômbia após a Copa de 2018, ou seja, a multa rescisória; e o Flamengo aceitar (ou não) a inclusão de dois profissionais de sua confiança: um assistente e um preparador físico.
Depois da recusa do plano A Roger Machado nesta segunda-feira, o campeão da Libertadores de 2016 e da Recopa Sul-Americana deste ano à frente do Atlético Nacional passou a ser alvo da diretoria. Um dos impasses é a inclusão de uma cláusula contratual que deixe o treinador livre para assumir a Colômbia caso seja convidado. Como escrevi no post anterior, Reinaldo Rueda é o favorito para suceder José Pekerman na Colômbia após a Copa do Mundo de 2018. Daí ter embarcado para estudar na Europa após deixar o Atlético Nacional.
O treinador tem dois profissionais da sua confiança. O auxiliar Bernardo Redín, que comandou o Atlético Nacional nos 50 dias em que se recuperava da cirurgia no quadril, e o preparador físico Carlos Eduardo Velasco. Ambos deixaram o time colombiano com Reinaldo Rueda. Por sinal, a diretoria do Atlético Nacional chegou a pedir a troca dos dois profissionais. Rueda não aceitou. Esse foi apenas um dos motivos da saída dos três do clube.
Se o martelo for batido, o Flamengo pode voltar a ter um técnico estrangeiro depois de 35 anos. O último comandante importado do clube rubro-negro foi o paraguaio Modesto Bría, em 1981. Na história do clube, passaram pelo cargo treinadores nascidos na Argentina, Inglaterra, Hungria, Paraguai, Portugal, Uruguai… Um colombiano seria inédito.
Último treinador estrangeiro do clube, Modesto Bría — um dos formadores da geração de ouro do Flamengo — comandou o time em parte do Campeonato Brasileiro de 1981. Em um dos jogos, o time venceu o Fortaleza por 8 x 0, a maior goleada do time na história no torneio. Em 17 jogos, venceu 10, empatou cinco, perdeu dois e saiu com 68,6% de aproveitamento.
O técnico estrangeiros que mais colecionou troféus na passagem pelo Flamengo foi o paraguaio Fleitas Solich, campeão carioca em 1953, 1954 e 1955 e do Torneio Rio-São Paulo de 1961. O argentino Armando Reganeschi brindou o clube com o título carioca de 1965. Em 1925 e em 1927, o uruguaio Juan Carlos Platero também conquistou estaduais. O Flamengo já teve um técnico inglês, Charles Willians; entregou a prancheta um húngaro, Izidor Kürschner; aos portugueses Ernesto Santos e Cândido de Oliveira; e ao uruguaio Ramon Platero.
Os técnicos estrangeiros na história do Flamengo
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