Abel Ferreira brinca de fotógrafo no treino em Buenos Aires. Imagem: Cesar Greco/Palmeiras
Se a Libertadores fosse concurso público, Marcelo Gallardo estaria em vantagem naquela fase do edital que prevê prova de títulos. Dos times semifinalistas da Libertadores em 2020, três são comandados por técnicos campeões do torneio continental. A exceção é o Palmeiras, do português Abel Ferreira. O comandante alviverde busca o primeiro troféu na carreira de treinador. A saga para igualar o feito do compatriota Jorge Jesus, atual vencedor pelo Flamengo, em 2019, continuará nesta terça-feira, às 21h30, contra o River Plate. O confronto de ida será em Avellaneda, a casa do Independiente.
A prova de títulos das semifinais tem Marcelo Gallardo na liderança com duas conquistas. Ambas pelo River Plate. O treinador levou o clube à conquista do título pela primeira vez em 2015. Repetiu o feito em 2018. Quase enfileirou o tricampeonato em 2019. Porém, perdeu para o Flamengo.
Se desbancar o Palmeiras e conquistar o título no próximo dia 30 de janeiro, no Maracanã, Gallardo igualará o número de títulos de Osvaldo Zubeldía, tricampeão à frente do Estudiantes de La Plata nas edições de 1968, 1969 e 1970 da Libertadores. O recorde pertence ao tetracampeão Carlos Bianchi, protagonista de três conquistas com o Boca Juniors (2003, 2001 e 2000) e uma pelo Vélez Sarsfield (1994).
Abel Ferreira não tem título, mas conta com alguns retrospectos favoráveis. Pelo menos dois técnicos europeus orgulham-se de ter o título da Libertadores no currículo. O croata Mirko Jozic levou o Colo Colo à glória eterna em 1991. O português Jorge Jesus, compatriota de Abel Ferreira, é o atual campeão depois da virada protagonizada contra o River Plate.
Treinadores campeões da Libertadores no século. Titulo inédito em destaque
A Libertadores também tem premiado os treinadores com títulos inéditos. Dos 16 técnicos diferentes campeões no século (2001 a 2019), 14 foram campeões pela primeira vez: Jorge Jesus (2019), Renato Gaúcho (2017), Reinaldo Rueda (2016), Marcelo Gallardo (2015), Cuca (2013), Tite (2012), Muricy Ramalho (2011), Celso Roth (2010), Alejandro Sabella (2009), Edgardo Bauza (2008), Miguel Ángel Russo (2007), Abel Braga (2006), Luis Fernando Montoya (2004) e Nery Pumpido (2002) conquistaram a Libertadores pela primeira vez no século. Os currículos de Carlos Biachi e Paulo Autuori já ostentavam conquista nos anos 1990 no currículo. O argentino pelo Vélez Sarsfield, em 1994; e o brasileiro no Cruzeiro, em 1997.
A semifinal entre Boca Juniors e Santos tem dois técnicos campeões da Libertadores. Miguel Ángel Russo tentará repetir o feito de 2007. Naquele ano, o time argentino desbancou o Grêmio de Mano Menezes na decisão.
A pedra do caminho do bi particular de Miguel Ángel Russo chama-se Alexi Stival. O popular Cuca brindou o Atlético-MG com a conquista da Libertadores em 2013. Sete anos depois, pode repetir o feito por outro alvinegro, o Santos, depois de eliminar o Grêmio com autoridade.
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