A superstição de Cuca e o tabu de Marinho na retomada do Santos na Libertadores

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Supersticioso desde o tempo em que passou pelo Gama aqui no Distrito Federal, Alexi Stival, o Cuca, deve estar amando a ideia de reestrear contra o Olimpia nesta terça-feira na Libertadores. Afinal, o maior título da carreira dele foi justamente contra o adversário paraguaio desta noite, às 21h30, na Vila Belmiro. Há sete anos, ele brindava o Atlético-MG com o título inédito na decisão por pênaltis contra os tricampeões da América. Sim, o Olimpia tem a mesma quantidade de títulos do Alvinegro Praiano na história do principal torneio de clubes da América do Sul.

Escrevi aqui, no sábado, que Cuca faz o melhor trabalho entre os técnicos brasileiros na Série A.  Arriscou ao deixar Marinho no banco de reservas na maior parte do clássico contra o São Paulo e foi salvo da derrota pelo gol de falta do atacante. Marinho faz excelente anos. São 10 gols em 14 jogos. Há um porém: o xodó do Santos precisa “estrear” em competições continentais.

Marinho acumula cinco jogos em torneios sul-americanos. São três pela Libertadores, todas com a camisa do Grêmio, e dois na Copa Sul-Americana pelo Vitória. Jamais balançou a rede na competição. Portanto, a referência do time precisa desencantar. A fratura no pé esquerdo no primeiro jogo da temporada deixou o Santos sem ele contra Delfim e Defensa y Justicia.

O técnico do Olimpia, Daniel Garneiro, é discípulo de Jorge Burruchaga. Começou como assistente do ex-jogador campeão da Copa de 1986 pela Argentina. Raramente abre mão do sistema 4-4-2. Jogou assim, por exemplo, na derrota por 2 x 0 para o Cerro Porteño, em 30 de agosto, pelo Torneo Apertura do Campeonato Paraguaio. Variou para o 4-2-3-1 na goleada sobre o River Plate. Dificilmente abre mão do veterano Roque Santa Cruz na frente.

O centroavante de 39 anos tem 10 gols em 2020. Ainda não marcou pela Libertadores. O meia Néstor Camacho é outro nome a ser vigiado pela marcação do Santos. O jogador de 32 anos é o vice-artilheiro do Olimpia no ano com 7 gols. O goleiro Aguilar perdeu a posição para Azcona — vice-campeão da Libertadores em 2016 pelo Independiente del Valle — depois da má atuação no clássico contra o Cerro Porteño. O Olimpia empatou com o Delfin por 1 x 1 na estreia e derrotou o Defensa y Justicia por 2 x 1 na segunda rodada.

É o primeiro duelo oficial entre Santos e Olimpia. Os dois anteriores foram amistosos na era Pelé, ambos em Assunção. Empate por 2 x 2, em 1965, e por 0 x 0, dois anos depois, em 1967.

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Marcos Paulo Lima

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