Autor de dois gols na vitória do Atlético-MG por 3 x 0 sobre o São Paulo na noite desta quinta-feira, no Mineirão, o meia Alan Franco é mais um egresso da fábrica de talentos do Independiente del Valle desafiado a provar, no Brasil, capacidade de brilhar longe da organizada estrutura do clube equatoriano campeão da Sul-Americana (2019) e vice da Libertadores (2016).
O clube equatoriano é o atual campeão da Libertadores Sub-20. Superou o River Plate na decisão, em 1° de março deste ano. Isso explica um pouquinho o crescente interesse dos times brasileiros por jogadores do time da cidade de Sangolquí — localizada a 25 minutos da capital Quito. Chegaram de lá, nos últimos anos, Alan Franco, Jefferson Orejuela, Luis Caicedo, Juan Cazares, Júnior Sornoza, Léo Realpe e Luís Caicedo. Uns tiveram brilharecos. Outros, nem isso.
De todos eles, Sornoza no Fluminense; e Cazares no Atlético-MG são os que mais chamaram a atenção. Jorge Sampaoli comunicou a Cazares no mês passado que o jogador não faz parte dos planos. O Corinthians emprestou Sornoza à LDU do Equador. Orejuela é titular da latera direita do Grêmio e Léo Realpe foi titular nas últimas duas partidas do Bragantino. Luis Caicedo também está de volta ao futebol equatoriano após passagem pelo Cruzeiro. Veste a camisa da LDU.
Há cinco anos, Alan Franco disputava o Sul-Americano Sub-17 pelo Equador, em 2015, no Paraguai. Era um dos quatro jogadores do Independiente del Valle na seleção comandada por Javier Rodríguez. Participou da campanha que classificou o país para o Mundial Sub-17, no Chile. O Equador caiu nas quartas de final contra o México.
“Foi uma noite perfeita, uma noite sonhada, meus primeiros dois gols pelo Galo e meu primeiro doblete na carreira. Então, estou muito feliz pelo que ocorreu, pelos três pontos da equipe, e esperamos seguir por esse mesmo caminho”
Alan Franco, meia do Atlético-MG
Precoce, Alan Franco foi convocado pela primeira vez para a seleção principal do Equador por um treinador sensível na arte de pinçar jovens talentos. O colombiano Hernán Darío Gómez foi o primeiro a chama-lo, em 2018, contra a Guatemala. Ele havia acabado de completar 20 anos. No ano seguinte, balançou a rede pela primeira vez pelo Equador na vitória por 3 x 0 sobre Trinidad e Tobago sob o comando do treinador Jorge Célico.
Alan Franco está no Atlético-MG na temporada certa. É comandado pelo inquieto Jorge Sampaoli. O argentino gosta de explorar ao máximo a qualidade dos jogadores. Na maioria das vezes, em mais de uma posição. Nada diferente do que Alan Franco experimentou sob a batuta do espanhol Miguel Ángel Ramírez no título da Copa Sul-Americana no ano passado.
Versátil, Franco atuou como volante e meia no Independiente del Valle. Fez a mesma função nesta quarta-feira, ao lado de Jair e do xará Allan no sistema 4-3-1-2 – assim vi o desenho adotado pelo técnico argentino. Autor de dois gols, Franco pode até ser considerado um falso 9 na partida de ontem. Afinal, foi letal quando teve a chance de arruinar o São Paulo. Soube explorar as falhas de marcação de Liziero, improvisado por Fernando Diniz na lateral-esquerdo.
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