A fase rica do Flamengo acumula várias estreias. Nenhuma delas tão avassaladora quanto a de Bruno Henrique na virada deste sábado contra o Botafogo, no Estádio Nilton Santos, pela terceira rodada da Taça Guanabara. Mais badalados do que o meia-atacante do Santos, Paolo Guerrero, Diego e Henrique Dourado balançaram a rede no primeiro jogo pelo clube carioca, mas não em dose dupla num clássico. Entrando no segundo tempo.
Em 2015, Guerrero debutou com a camisa rubro-negra marcando um gol no atual time dele, o Internacional. No ano seguinte, Diego balançando a rede aqui em Brasília no triunfo sobre o Grêmio, no Mané Garrincha. Henrique deixou o dele de pênalti em um triunfo contra o Botafogo. Leandro Damião, Everton Ribeiro, Conca, Vitinho, Uribe, Marlos Moreno, Geuvânio, Gabriel Barbosa e De Arrascaeta não conseguiram marcar na estreia.
Vi a reprise do clássico. Chamou a atenção o fato de Bruno Henrique ter substituído Vitinho e atuado aberto na esquerda, não na direita — o cantinho predileto dele. Em tese, temos a primeira disputa por posição no elenco badalado. Vitinho começou o ano vaiado. Bruno Henrique precisou de 45 minutos para conquistar a torcida com movimentação, velocidade, dois gols e uma assistência para Gabriel Barbosa anulada pela arbitragem. Mas também é importante não enxergá-los como concorrentes. Dá para jogar com Vitinho e Bruno Henrique. O problema é do Abel…
Em um só jogo em 2019, Bruno Henrique tem a mesma quantidade marcada em 32 jogos pelo Santos no ano passado. A lesão no olho prejudicou bastante o futebol do atacante em 2018. Em 2017, ele fez 18 em 53 partidas. Dois anos antes, fechou com oito bolas na rede em 42 jogos com a camisa do Goiás. Portanto, o Flamengo sabe que o reforço é arco e flecha. Gosta de deixar na cara do gol, mas gosta da rede. Pontos para ele.
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