A desolação de Hulk depois da perda de mais um pênalti importante na carreira. Foto: Daniel Duarte/AFP
Jorge Sampaoli é um bom técnico, mas perdeu a final da Copa Sul-Americana para o Lanús por causa da distração ou falta de atenção aos detalhes na relação humana com os liderados. Hulk por exemplo.
Na Copa de 2014, o argentino comandava o Chile e enfrentou o Brasil nas oitavas de final, no Mineirão. Houve empate por 1 x 1 no tempo regulamentar, na prorrogação, e a vaga às quartas foi decidida nas cobranças de pênalti. Hulk errou a penúltima cobrança da Seleção. O goleiro Julio Cesar e Neymar seguraram a onda e classificaram os donos da casa.
Ao colocar Hulk para abrir a série do Atlético, Sampaoli ignorou questões psicológicas de Hulk. Super-heróis têm vulnerabilidades. A do ídolo alvinegro é a insegurança no momento de pênaltis decisivos. Em 2021, o atacante falhou no Allianz Parque na partida de ida das semifinais da LIbertadores. O gol na casa alviverde fez falta na partida de volta e o Galo deu adeus ao torneio devido ao gol de Dudu no Mineirão. Naquela mesma edição, ele havia vacilado contra o Boca Juniors, mas a equipe avançou. A falha contra o Corinthians nas oitavas de final da Copa do Brasil de 2023 contribuiu para a eliminação.
Hulk jogou a partida inteira. Obviamente tinha de bater. A questão foi ter despejado nele a responsabilidade da primeira cobrança diante de um passado inseguro em qualquer ordem estabelecida pelo treinador. O erro do melhor jogador do time afetou o emocional do Galo. Biel e Vitor Hugo. Faltou aos três a frieza do goleiro Everson: pegou e converteu.
O vilão não pode nem ser só Hulk. A temporada do Atlético é confusa. Ganhou o Mineiro, mas o então técnico Cuca alertou no gramado do Mineirão durante a festa da conquista contra o América para a necessidade de reforços no Brasileirão. Eles chegaram, mas não de uma forma planejada. Foram 16 contratações no ano inteiro. Algumas delas aleatórias. Um exemplo: Reinier servia para Cuca, mas não interessa a Jorge Sampaoli.
O Atlético tem orçamento muito maior do que o Lanús, mas o trabalho perene da equipe argentina merece muito respeito. Ganhou a Sul-Americana em 2013. Quatro anos depois, decidia a Libertadores contra o Grêmio. Em 2025, fatura o bicampeonato da Sul-Americana.
Vice da Sul-Americana, o Atlético encerra o ano somente com o título estadual. Caiu nas quartas de final da Copa do Brasil diante do Cruzeiro. Ficou muito para trás no Brasileirão e precisa de um sprint nem que seja para voltar à Sul-Americana em 2026. Mostrou interesse desde o início na conquista inédita, mas o sonho está adiado em uma temporada marcada por muitas decisões de pênalti. Algumas, como a deste sábado, desnecessárias. Um pouco mais de elo nas finalizações e o Galo teria resolvido a final única com bola rolando.
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