Faz um ano. Sentido-se prejudicado pela arbitragem na corrida pelo título 2018, o Internacional liderou movimento pelo uso do Árbitro de Vídeo nas últimas seis rodadas do Campeonato Brasileiro. O presidente Marcelo Medeiros levou a ideia à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) depois de uma sequência de erros dos homens do apito.
A diretoria colorada estava indignada com a falha, em São Januário, no empate por 1 x 1 com o Vasco. Era 27 de outubro de 2018. Na época, o jogo teve mediação do mineiro Ricardo Marques Ribeiro. O juiz acusou pênalti em Kelvin quanto o Internacional vencia por 1 x 0. Maxi López bateu e empatou. O time assumiria a vice-liderança em caso de triunfo. Fechou a rodada em sexto.
“O futebol brasileiro não pode mais viver sem o VAR. O Inter vai liderar uma medida para os 20 clubes assinarem um documento pedindo o recurso do árbitro de vídeo”, disse. Houve adesão de 18 dos 20 clubes da Série A. O Vasco não deu aval e o Atlético-MG fez ressalvas.
A CBF indeferiu o pedido. “(A CBF) Não vai acatar. A proposta foi muito bem recebida, mas a entidade vê dificuldade técnica na implantação do VAR em todas as rodadas nesse momento. A CBF recebe a manifestação e ficou de estudar para que a gente possa dar um passo nesse sentido em um futuro próximo”, explicou Marcelo Medeiros.
“O futebol brasileiro não pode mais viver sem o VAR. O Inter vai liderar uma medida para os 20 clubes assinarem um documento pedindo o recurso do árbitro de vídeo”
Marcelo Medeiros, em 2018, ao liderar movimento pelo uso da tecnologia nas últimas seis rodadas da Série A 2018
“A gente está vendo as manifestações no Brasil todo. E todo mundo usando a palavra vergonha. É uma ‘VARgonha’ do jeito que está”
Roberto Melo, vice de futebol do Inter, após o erro grave contra o Inter no empate com o Cruzeiro
Um ano depois, temo que os clubes liderem movimento para que as últimas 15 rodadas do Brasileirão sejam sem o VAR. Um dos prejudicados é novamente o Internacional. O pênalti assinalado a favor do Cruzeiro no Mineirão no empate por 1 x 1 na noite de sábado foi escandaloso. Erro inaceitável. Com direito a tecnologia e tudo. Não houve falta de Patrick e em Orejuela, mas o árbitro Wagner do Nascimento Magalhães entendeu que sim.
O vice de futebol colorado Roberto Melo desabafou. “Tenho certeza de que nem ele (árbitro) sabe o que ele viu. Acho que é unânime no país todo. A gente está vendo as manifestações no Brasil todo. E todo mundo usando a palavra vergonha. É uma ‘VARgonha’ do jeito que está”, ironizou o dirigente do Internacional.
Os protestos do Internacional em 2018 e em 2019 mostram que o VAR não veio para fazer justiça no futebol nem para cometer injustiças. O problema pode estar entre a mesa e a cadeira de quem opera a nova tecnologia. Aquela velha piada que você ouvia no trabalho ou em casa logo que surgiram o computador e outros dispositivos da revolução tecnológica.
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