10 desafios para Neymar no Paris Saint-Germain

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Neymar será apresentado à torcida do Paris Saint-Germain neste sábado, antes da estreia do atual vice-campeão francês na Ligue 1 contra o Amiens. Fominha, o jogador mais caro da história do futebol, contratado por R$ 821 milhões, queria começar o novo desafio da carreira hoje, mas a documentação não chegou a tempo e ele não está regularizado no torneio. Da arquibancada do Parque dos Príncipes, verá in loco a exibição do seu novo time. A estreia deve ser fora de casa, no próximo domingo, diante do Guingamp, pela segunda rodada, ou, se preferir, diante do Toulouse, em 20 de agosto, pela terceira rodada. Difícil acreditar que ele e o PSG esperem tanto tempo.

A seguir, listo 10 desafio para Neymar quando o craque colocar os pés dentro das quatro linhas com a camisa do PSG. Separei alguns recordes, marcas importantes, nomes a serem superados pelo brasileiro no futebol francês. Se Neymar diz que trocou o Barcelona pelo PSG em busca de novos desafios, confira a seguir pelo menos 10 que ele pode colar no espelho de casa e fazer um checklist à medida que atingir os objetivos. Ou não.

Melhor do mundo na França
»  Na história dos dois principais prêmios individuais do futebol — Bola de Ouro da revista France Football e Fifa Player of The Year/Fifa The Best — apenas um jogador foi eleito número 1 do mundo quando defendia a camisa de um time francês: o centroavante Jean Pierre Papin, em 1991, defendendo o Olympique Marseille. Papin foi campeão francês, mas na Champions League perdeu o título para o Estrela Vermelha.

Superar Kopa, Zidane e Platini
»  Três franceses ganharam a Bola de Ouro e/ou o prêmio da Fifa. Nenhum jogando na França. Em 1958, Kopa faturou a Bola de Ouro da France Football atuando pelo Real Madrid. Platini faturou seus três prêmios (1983, 1984 e 1985) com a camisa da Juventus, da Itália. Zidane foi número 1 pela Fifa três vezes: duas como astro da Juventus e uma no Real Madrid. A exceção à regra é Jean-Pierre Papin, em 1991, consagrado melhor do planeta vestindo a camisa do Olympique de Marselha.

Fazer do PSG um time de chegada
»  O Paris Saint-Germain tem obsessão pela Champions League, mas não chega às semifinais do torneio de clubes mais importante do mundo desde a temporada de 1994/1995. Na época, caiu diante do Milan. Na nova administração, ou seja, turbinado pelo dinheiro investido pelo Oryx Qatar Sports Investments (Qsi), do xeque Nasser Al-Khelaifi, o máximo que o clube atingiu foi as quartas de final do principal torneio de clubes do mundo.

Igualar o Olympique de Marselha
»  Apenas um clube francês conquistou a Copa dos Campeões/Liga dos Campeões: o Olympique de Marselha em 1992/1993. Depois disso, Lyon, Monaco e o próprio PSG tentaram chegar no mínimo à final do torneio continental, mas não conseguiram. Clubes franceses não decidem o título desde 2004, quando o Monaco perdeu para o Porto. Nos tempos da Copa dos Campeões, precursora da Champions League, Stade Reims e Saint-Étienne decidiram o título, mas perderam.

Estabelecer a sua era
»  Craques marcam época colecionando títulos pelo time que defendem e elevando o clube a outro patamar. O Paris Saint-Germain está longe de ser o recordista de troféus do Campeonato Francês. O clube da capital contabiliza seis taças. Menos do que Lyon (7), Monaco (8), Nantes (8), Olympique de Marselha (9) e do recordista Saint-Etiénne (10). Portanto, um dos desafios de Neymar é ajudar o PSG a alcançar no mínimo o recorde de troféus.

Superar Ibrahimovic
»  Messi é o maior artilheiro da história do Barcelona. Cristiano Ronaldo, o recordista do Real Madrid. Neymar conseguiria desbancar Ibrahimovic? O centroavante sueco é o maior goleador da história do PSG com 156 gols. O uruguaio Edinson Cavani contabiliza 130 e está próximo de alcançá-lo. Melhor brasileiro na lista, Raí balançou a rede 72 vezes com a camisa do PSG. Eis mais um desafio para Neymar: ultrapassar todos eles.

Estátua no lugar da Torre Eiffel
»  Maior artilheiro da história do PSG, Ibrahimovic disse que só ficaria no clube se substituíssem a Torre Eiffel por uma estátua dele. “Se eles substituírem a Torre Eiffel por uma estátua minha, fico no PSG. Por enquanto, não estarei no Paris Saint-Germain na próxima temporada”, avisou. O sueco cumpriu a exigência e foi para o Manchester United. Imagine o que Neymar poderia pedir se ganhar a Champions League, um feito que nem o fanfarrão Ibrahimovic conseguiu.

Artilharia do Francês
»  Apenas dois jogadores nascidos no Brasil foram goleadores isolados do Francês. E não houve nenhum upgrade na carreira por causa disso. Sonny Anderson (1998/2000 e 2000/2001) foi artilheiro duas vezes pelo Lyon e uma com o Monaco (1995/1996). Nenê, do Vasco, conseguiu a proeza pelo PSG. Na Champions League, apenas um jogador do PSG conseguiu ser o artilheiro do torneio: o liberiano George Weah na temporada de 1994/1995.

Chuteira de Ouro
»  O prêmio entregue ao maior artilheiro da Europa em ligas nacionais só foi uma vez para as mãos de um jogador que defendia um clube francês. E faz um tempão. Josip Skoblar foi o maior matador do continente na temporada de 1970/1971, ao marcar 44 gols com a camisa do Olympique de Marselha. De lá para cá, nunca mais. Nem mesmo o fominha Ibrahimovic conseguiu conquistar o cobiçado prêmio continental.

Repetir Raí e Ronaldinho
»  Apenas dois jogadores foram campeões mundiais pela Seleção Brasileira como jogadores do Paris Saint-Germain. O meia Raí era o camisa 10 de Carlos Alberto Parreira na campanha do tetracampeonato na Copa de 1994, nos Estados Unidos. Ronaldinho Gaúcho vestia a 11 com Luiz Felipe Scolari na trajetória do pentacampeonato, em 2002. Neymar conseguiria o mesmo no Mundial da Rússia em 2018?

Marcos Paulo Lima

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