Há quem considere aquela Alemanha derrotada pelo Brasil nos pênaltis na final dos Jogos Olímpicos do Rio-2016 um timeco. As aparências enganam. Os germânicos não vieram ao Brasil a passeio. Sabiam o que queriam. Ganhar ou não a medalha de ouro no Maracanã seria apenas queimar etapas no desenvolvimento de um projeto bem maior: dar milhagem a promessas, pinçar os melhores e renovar o estoque de talentos.
Onze meses depois, a Alemanha colhe o que plantou. Sete dos 18 medalhistas de prata no Brasil podem ser campeões neste fim de semana. Na verdade, quatro já foram. Jeremy Toljan, Max Meyer, Davie Selk e Serge Gnabry conquistaram, na última sexta-feira a Euro Sub-21, ao derrotar a Espanha por 1 x 0, em Cracóvia, na Polônia.
A Alemanha levou o título pela segunda vez. Em 2009, Manuel Neuer, Jérôme Boateng, Sami Khedira, Mesut Özil e Mats Hummels estavam no elenco campeão. Cinco anos depois, todos eles foram tetra aqui no Brasil na Copa do Mundo de 2014.
Outros três vice-campeões olímpicos na Rio-2016 podem faturar neste domingo a Copa das Confederações. O técnico Joachim Löw convocou Matthias Gintel, Leon Goretzka e Julian Brandt para a Copa das Confederações. O trio decidirá o título contra o Chile, às 15h, em São Petersburgo, na Rússia. Goretzka divide com Timo Werner a artilharia do torneio. Cada um fez três gols em quatro jogos.
Atual campeã do mundo, medalha de prata nos Jogos Olímpicos do Rio-2016, finalista da Copa das Confederações e vencedora da Eurocopa Sub-21. Sim, os alemães têm um plano de poder que está sendo muito bem executado com e sem conquistas. Independentemente da decisão deste domingo contra o Chile, eles definitivamente dominaram o planeta bola.