Tetracampeão mundial na Copa de de 1994, nos Estados Unidos, Márcio Santos foi zagueiro da Fiorentina na temporada de 1994/1995. Era comandado por Claudio Ranieri em um time que tinha como astro o centroavante argentino Gabriel Batistuta. Um dos companheiros de Márcio Santos na zaga da Viola era Stefano Pioli, que será o técnico de Vitor Hugo, ex-Palmeiras, no clube italiano. O time terminou aquela edição do Campeonato Italiano em décimo lugar. Ótima posição para quem havia retorna à primeira divisão depois de conquistar a Série B em 1993/1994. Das 40 partidas do clube, Márcio Santos participou de 38 partidas. Marcou dois gols. Uma na goleada por 4 x 0 sobre o Napoli e outra nos 6 x 3 diante do Torino. Ao término da temporada, foi negociado com o Ajax, da Holanda, que havia acabado de conquistar o título da Liga dos Campeões da Europa.
Vinte e dois anos depois, a Fiorentina terá mais uma vez um beque brasileiro. Vitor Hugo despediu-se do Palmeiras na última segunda-feira. Em um bate-papo com o blog, Márcio Santos — campeão candango em 2001 com o Gama — falou sobre o novo reforço do clube italiano e deu até uns conselhos ao jogador de 26 anos. Na Fiorentina, Vitor Hugo tentará igualar o feito de dois ídolos brasileiros do clube. Amarildo, o Possesso, foi campeão italiano na temporada de 1968/1969 do Campeonato Italiano. Julinho Botelho conquistou o título nacional pelo clube em 1955/1956. Na mesma temporada, ajudou o time a ser vice da Copa dos Campeões da Europa, atual Champions League. Perdeu a decisão por 2 x 0 para o Real Madrid.
Você foi jogador da Fiorentina. Conhece o clube. Que conselhos daria ao Vitor Hugo?
Ele tem que aprender a língua nova o mais rápido possível para ter uma adaptação sem traumas e facilitar o convívio com os companheiros. No mais, é um país muito bom para trabalhar. Os italianos adoram os brasileiros e isso ajuda muito na adaptação.
Você foi feliz na Fiorentina?
Com relação à minha passagem pela clube, foi muito boa. Quando eu cheguei, a Fiorentina estava retornando para a Série A. Naquele ano, não conseguimos conquistar uma vaga para a Copa Uefa. Era muito difícil para uma equipe que estava voltando.
O clube é uma boa porta de entrada para o Vitor Hugo?
A Fiorentina sempre teve o nome respeitado na Europa. Se o Vitor Hugo for bem, certamente será observado por grandes clubes europeus.
Vitor Hugo lembra alguma característica do estilo Márcio Santos?
O estilo dele é bem diferente do meu. Joguei sempre de quarto zagueiro e raramente eu atuava com um companheiro canhoto. Eu atuava sempre do lado esquerdo.
Do ponto de vista tático, Vitor Hugo tem tudo para evoluir?
Sim. A escola italiana trabalha muito a parte defensiva. Além do mais, o Vitor Hugo vai marcar grandes atacantes. Com o tempo, ele vai saber como é a movimentação dos atacantes dentro das partidas. A tendência é ele só evoluir.
O técnico do Vitor Hugo vai ser o Stefano Pioli, que foi seu companheiro de defesa na temporada de 1994/1995 da Fiorentina. O que você lembra dele? Pioli já tinha perfil de quem seria técnico?
Stefano era lateral-esquerdo e tinha característica defensiva somente. Ele ajudava bastante na marcação. Na época, ele não tinha perfil de técnico. No grupo, era quem falava menos, mas sempre teve muita personalidade nos nossos jogos.
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