Diego Diego sofreu entorse no joelho direito. Foto: Gilvan de Souza/Flamengo

Pai de Diego fala sobre a lesão. Recuperação pode ser a mais longa da carreira do maestro do Flamengo

Publicado em Esporte

Faleicom seu Djair Ribas nesta quinta-feira. Até a hora da conversa, às 13h18, o pai de Diego estava otimista em relação ao diagnóstico da lesão do filho, que sofreu entorse no joelho direito na vitória por 2 x 1 sobre o Atlético-PR nesta quarta-feira, pela terceira rodada do Grupo 4 da Libertadores. Motivo: o passado do atleta. “Não tenho recordação de lesões graves na carreira dele. Graças a Deus, o Diego nunca teve contusão muito séria. Ainda não falei com ele, mas estou torcendo para que não seja nada grave”, disse seu Djair ao blog por telefone.

Apesar do otimismo de seu Djair, Diego será submetido a uma cirurgia neste sábado. Vai ficar de quatro a seis semanas inativo. A curto prazo, está fora das semifinais do Estadual contra o Botafogo, da partida de volta contra o Atlético-PR, em 26 de abril, pela quarta rodada da Libertadores, e da final do Campeonato Carioca caso o rubro-negro se classifique. Há risco até de não retornar na fase de grupos da Libertadores. Uma ressonância confirmou entorse no joelho direito. A lesão é no menisco medial e ligamento cruzado medial. O meia será submetido a artroscopia na manhà deste sábado. O tempo de recuperação é quatro a seis semanas para o retorno aos treinos segundo o médico rubro-negro Márcio Tannure.

Depois de saber a gravidade da lesão, seu Djair voltou a falar com o blog sobre a contusão. “É uma pena. Falei com ele antes de embarcar do Rio pra São Paulo. Agora, vamos torcer para que ele se recupere o mais rápido possivel. Essa fase no Flamengo está sendo muito importante pra ele. Eu nem considero uma lesão grave. Requer um tratamento com mais intensidade, atenção”, disse.

Seu Djair conta que temeu por algo mais grave. “Graças a Deus não aconteceu o pior porque o que eu vi foi uma alavanca muito forte. Pela resistência física que o Diego tem não aconteceu o pior”, disse o pai, que estava no Maracanã na noite de quarta.

Fiz um levantamento das últimas lesões de Diego. De fato, não há histórico de graves lesões na carreira. O máximo foi um mês entregue ao departamento médico, em 2012, na primeira passagem pelo Atlético de Madri. Na Juventus, Diego passou 15 dias de molho em 2009. Nos dois casos, a recuperação foi bem sucedida. No Flamengo, a recuperação pode demorar até 42 dias, superando o período inativo nos tempos de Atlético de Madri. Em tese, é a mais grave. Para você ter uma noção da importância de Diego para o Flamengo, vamos aos números. O meia tem 12 gols e 7 assistências em 31 jogos com a camisa rubro-negra. Em 2017, contabiliza 13 partidas, seis gols — dois deles na Libertadores — e quatro assistências.

 

“Graças a Deus não aconteceu o pior porque o que eu vi foi uma alavanca muito forte. Pela resistência física que o Diego tem não aconteceu o pior”

Seu Djair Ribas, pai de Diego

 

Diego deixou o campo aos 22 minutos do segundo tempo e deu lugar a Matheus Sávio. Os próximos compromissos do Flamengo neste mês são as semifinais do Carioca contra o Botafogo  em jogo único, o possível início da decisão do Estadual contra Fluminense ou Vasco (duas partidas), e o confronto com o Atlético-PR em 26 de abril, pela quarta rodada da Libertadores. Na Ausência de Diego, as opções são Matheus Sávio, Lucas Paquetá, Mancuello e até mesmo Trauco, que atuou como volante/meia diante do Atlético-PR. Ederson está recuperado de contusão, treina com o elenco, mas etá sem ritmo de jogo. Conca só em junho ou julho.

Em 2009, uma lesão na coxa direita contra a Lazio, pela terceira rodada do Campeonato Italiano, deixou Diego 14 dias longe dos gramados, de 13 a 26 de setembro.  O meia perdeu uma partida contra o Bordeaux, pela Liga dos Campeões da Europa, e outros dois duelos do da Serie A, como é chamada a liga italiana, contra o Livorno e o Genoa.

A última contusão que exigiu uma longa recuperação de Diego aconteceu em 2012. O meia sofreu um estiramento no músculo reto femoral da coxa direita e ficou fora de combate de 20 de fevereiro a 25 de março de 2012. Diego perdeu oito partidas. Não enfrentou Lazio e duas vezes o Besiktas na Liga Europa, e não participou dos duelos contra Barcelona, Sevilla, Granada, Mallorca e Athletic Bilbao. O meia só voltou ao batente contra o Zaragoza.

 

JOGOS DO FLAMENGO SEM DIEGO
Na previsão mais pessimista, de até 6 semanas

23/04 – Flamengo x Botafogo (Semifinal do Carioca)
26/04 – Atlético-PR x Flamengo (Libertadores)
30/04 – Primeiro jogo da final do Carioca
03/05 – Flamengo x Universidad Católica (Libertadores)
07/05 – Segundo jogo da final do Carioca
13/05 – Flamengo x Atlético-MG (Brasileirão)
17/05 – San Lorenzo x Flamengo (Libertadores)
20/05 – Atlético-GO x Flamengo (Brasileirão)
28/05 – Atlético-PR x Flamengo (Brasileirão)

 

Duas declarações indicavam gravidade depois da vitória sobre o Atlético-PR. A primeira delas, do próprio Diego depois da vitória por 2 x 1 sobre o Atlético-PR. “Fiquei preocupado, movimento estranho a torção do joelho. Fui levantar da maca e deu uma bambeada, não deu para continuar”. O médico do Flamengo, doutor Márcio Tannure, foi pessimista. “Não estou muito confiante, não”.