image Em 5 de junho, a torcida do Fla viu o Palmeiras fazer a festa no Mané. Foto: César Greco/Palmeiras

10 pitacos sobre futebol candango, brasileiro e internacional no fim de semana da bola

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1. Cartão amarelo
Se o Campeonato Brasileiro terminasse hoje, o Corinthians seria hepta graças ao critério de desempate cartões amarelos. O atual campeão está igual ao Grêmio em quase tudo, menos no número de advertências — 9 contra 18 do tricolor gaúcho. Não gosto desse critério. Por mim, se dois clubes terminarem rigorosamente iguais deveria haver um jogo extra, uma final.

Errata: Ao contrário do que escrevi na nota acima, o Corinthians lidera devido ao quinto critério de desempate do regulamento do Brasileirão: número de cartões vermelhos recebidos. O time paulista ainda não teve nenhuma jogador expulso. O tricolor gaúcho teve um. Na ordem, os critérios de desempate são: maior número de vitórias, maior saldo de gols, maior número de gols pró, confronto direto, menor número de cartões vermelhos recebidos, menor número de cartões amarelos recebidos e sorteio. Corinthians e Grêmio estão empatados até o quarto critério.

2. Cartão vermelho
Não vai para o César Martins nem para o menino Léo Duarte, protagonistas de lambanças patéticas na derrota do Flamengo para o Palmeiras, por 2 x 1, no Mané Garrincha. Vai para a diretoria do Flamengo. Dilma Roussef está afastada, Michel Temer é o presidente, até Eduardo Cunha está próximo de ser cassado e o departamento de futebol não contrata zagueiro para resolver o drama da defesa. O problema começou com Luxemburgo, passou por Cristóvão Borges, caiu no colo de Oswaldo de Oliveira, aumentou a pressão de Muricy Ramalho e ameaça queimar o bom técnico Zé Ricardo. Poupem o cara. Se está sobrando dinheiro na Gávea, contratem logo um beque de respeito e um treinador para evitar que se repita com Zé Ricardo o que aconteceu com Rogério Lourenço, que, assim.como Zé Ricardo, fazia um bom trabalho nas divisões de base do Flamengo, assumiu o profissional para tapar buraco e se deu mal.

3. Cartão verde
No post anterior fiz uma entrevista com o técnico Cuca. Chamou a minha atenção a confiança dele no trabalho à frente do Palmeiras. Cuca repetiu várias vezes que, se Deus quisesse, o Palmeiras ganharia a primeira partida fora de casa neste Brasileirão. E ganhou mesmo. O alviverde foi muito superior ao rubro-negro no Mané Garrincha e vai brigar pelo título. Em pouco tempo, Cuca deu sua cara ao time e até ousa. “Yaya Tchê Tchê” foi uma boa alternativa para neutralizar Rodnei. Cuca também ganhou o jogo porque soube vigiar Willian Arão e Alan Patrick, que na única escapada fez o gol do Flamengo.

4. O confronto entre torcedores era óbvio
Suspeitei desde o princípio, e cheguei a dizer na última quinta-feira na redação a alguns colegas, que haveria confronto entre vândalos (me recuso a chamar de torcedores) de Flamengo e Palmeiras no Mané Garrincha. Achava isso por um simples motivo: as uniformizadas dos dois clubes simplesmente se odeiam. É histórico. Se eu sabia disso, não é possível que a Polícia Militar e os seguranças privados não sabiam. Que não fizeram, no mínimo, uma pesquisa no google, não monitoraram as redes sociais para saber como é a guerra entre esses baderneiros. Ou consultado o serviço de segurança pública do Rio e de São Paulo. Havia inúmeras faixas de organizadas no Mané Garrincha, ou seja, os vândalos marcaram território. Tinham endereço. Todos sabiam onde esses caras estavam. Separá-los com grades? Pouco. Não é a primeira vez que cenas de selvageria são protagonizadas no DF. Houve a morte do torcedor antes de Goiás x São Paulo em 2008, no Bezerrão; aquela briga entre vascaínos e Corinthians no anel superior do novo Mané Garrincha… O despreparo é recorrente em uma cidade incapaz de traçar com antecedência plano de segurança para um simples Gama x Brasiliense. Lembram do vaivém para decidir se a partida poderia ou não ser no Abadião? Quem dirá em clássicos nacionais! Uma vergonha inocentes sofrerem com gás de pimenta utilizado pela PM para dispersar os vândalos. Pais correndo com filhos no colo. Não, isso não é futebol…

5. Que tabela é essa?
O Palmeiras só saiu do estado de São Paulo neste Brasileirão na sexta rodada! Pode isso, Arnaldo? Que lambança a tabela da CBF. Antes, o Palmeiras encarou São Paulo e Ponte Preta no Morumbi e em Campinas e recebeu Grêmio, Fluminense e Atlético-PR. Vou te contar…

6. Continuidade
Pela segunda rodada consecutiva tem três técnicos remanescentes do Brasileirão do ano passado no G-4 de 2016: Corinthians (Tite), Grêmio (Roger Machado) e Inter (Argel). Má há quem prefira insistir na velha tática de demitir treinador. Já caíram Gilson Kleina, Givanildo Oliveira… A semana promete mais mudanças.

7. Desvalorizado
Nunca vi um Cruzeiro tão desvalorizado quanto o deste Brasileirão. Perder no Mineirão para um São Paulo que poupou sete titulares é o fim da picada. O problema celeste começou lá atrás. O time foi planejado pelo Mano Menezes, entendeu a filosofia dele, caiu no colo do Deivid, que cometeu o pecado de não chegar à final do Campeonato Mineiro e agora está nas mãos de um treinador obrigado a se adaptar a uma nova realidade com o bonde andando. Paulo Bento que se cuide. Ao contrário d’além mar, aqui treinador é mandado embora facinho.

8. Supervalorizado
O empate por 4 x 4 entre Sport e Atlético-MG dá ideia de ter sido um jogão como aquele Flamengo 5 x 4 Santos em 2011. Do ponto de vista da quantidade de gols, sim. Tecnicamente falando, não. Houve muitas falhas táticas e, principalmente, de arbitragem, com influência direta no resultado da partida. Supervalorizada também a goleada do Santos sobre o Botafogo. Nem o Santos é tudo isso sem os medalhões que estão na Seleção nem a defesa alvinegra é a peneira que se viu. Foi uma manhã de domingo atípica para os dois.

9. Inaceitável
Numa boa, não há nada mais ofensivo a uma nação, a um povo, do que a organização de qualquer evento errar o hino ou a bandeira de um país. O que o protocolo da Copa América fez com o Uruguai é inaceitável. Tocou o hino do Chile em vez do Uruguai em uma partida da celeste contra o… México. Uma vergonha. Não acharia absurdo nenhum o Uruguai se retirar da Copa América. Incidente diplomático grave. Difícil aceitar um simples pedido de desculpas…

10. Professor Osorio
Para mim, o México exibiu, até agora, o melhor futebol da Copa América Centenário na vitória por 2 x 1 sobre o Uruguai. Quem é o técnico, mesmo? Juan Carlos Osorio, aquele, do São Paulo, criticado por adorar um rodízio na escalação. Em nove jogos sob o comando de Osório, o México sofreu apenas um gol, o de ontem, de Godín. Lógico que a partida mais esperada é Argentina x Chile, hoje, uma reedição da última final, mas é bom ficar de olho nesse time do México. Está com cara de que vai brigar pelo título. Foi vice-campeão em 1993 e 2001.

E o Futebol candango?
Não esqueci, não. É que, por enquanto, somos fora de série. Não há time da cidade nas três divisões em disputa. Esperemos pela Série… D! Que situação…