51748725212_7085c43240_c Copa do Brasil era a pedra que faltava na Tríplice Coroa do Atlético. Foto: Lucas Figueiredo/CBF Bi na Copa do Brasil é a pedra que faltava para a inédita Tríplice Coroa. Foto: Lucas Figueiredo/CBF

10 motivos por que o Atlético-MG é o time do ano

Publicado em Esporte

O Clube Atlético Mineiro é bicampeão da Copa do Brasil. A vitória por 2 x 1 contra o Athletico-PR na noite desta quarta-feira, na Arena da Baixada, em Curitiba, consolida o placar agregado de 6 x 1, sete anos depois da primeira conquista no mata-mata nacional. Mais do que isso: estabelece uma nova hegemonia no cenário nacional. O Galo iguala a Tríplice Coroa do arquirrival Cruzeiro. Em 2003, o time celeste ganhou Mineiro, Brasileirão e Copa do Brasil. Agora, o Galo também.

A seguir, o blog aponta 10 motivos para o sucesso incontestável do time que traz no hino o trecho: “somos orgulho do esporte nacional”.

 

  1. Mecenas

 

Guardadas as devidas proporções, Rubens Menin é, para o Atlético, o que o magnata russo Roman Abramovich significou na guinada do Chelsea. O mecenas brasileiro escancarou o cofre, investiu pesado e fez e o Galo repetir o feito do clube inglês ao ganhar a Série A depois de 50 anos. O próprio presidente Sergio Coelho afirmou: “Sem os 4Rs, estaríamos na Série B”, disse, referindo-se aos argentinos Rafael Menin, Rubens Menin, Ricardo Guimarães e Renato Salvador. O Chelsea não ganhava o Inglês havia 50 anos. Turbinado pela grana russa, quebrou jejum e ganhou até duas edições da Champions League.

 

  1. Tríplice Coroa

 

O primeiro motivo é óbvio: um time vencedor do Mineiro; do Brasileiro com 13 pontos a mais do que o então bicampeão Flamengo; e da Copa do Brasil diante do Athletico-PR é o argumento. Isso não acontecia no futebol brasileiro desde a fantástica temporada do rival Cruzeiro em 2003.

 

  1. Cuca fresca

 

Cuca havia melhorado o trabalho de Jorge Sampaoli no Santos. A diretoria do Atlético entendeu que ele era a melhor escolha para dar um F5 no legado do argentino no Galo. Entre os técnicos brasileiros, o mais afinado com as revoluções de Sampoli e Jorge Jesus na temporada 2019. Havia destacado isso em um post de setembro de 2020 no blog, quando destaquei a humildade de Cuca ao reconhecer o sucesso dos gringos: “Acho o Sampaoli mais tático. Quando vai jogar contra o time dele no domingo, não adianta assistir ao jogo dele da quarta-feira. Não dá para amarrar o time dele, que não vai conseguir. O Jorge Jesus é diferente: ele tem uma filosofia de jogo e conseguiu fazer os jogadores do Flamengo terem harmonia com isso. Ele conseguiu fazer com que os jogadores tenham ambição de buscar a bola o tempo todo no ataque. O futebol cresce com a chegada deles”

 

  1. Incrível Hulk

 

O Atlético fez a melhor contratação do ano. Hulk retornou ao Brasil sob desconfiança, mas teve humildade para discutir a relação com Cuca e logo correspondeu: fez 36 gols e deu 13 assistências em 68 jogos. É artilheiro do Brasileirão, da Copa do Brasil e do país na temporada 2021.

 

  1. “São Caetano”

 

A escolha de Rodrigo Caetano para tocar o departamento de futebol foi gol de placa. Sim, ele havia acumulado fracassos no Flamengo e no Internacional, mas sempre mostrou-se competente. Lembrou nesta temporada o velho executivo que ajudou o Fluminense a ganhar o Brasileirão 2012. 

 

  1. Meio de campo

 

O Atlético entendeu que o meio de campo é o trunfo para o sucesso no futebol pós-moderno. O volante Jair e os meias Nacho Fernández e Zaracho são os símbolos do encaixe do sistema de jogo, da aplicação das ideias de Cuca, da versatilidade tática e da regularidade do time no ano.

 

  1. Saída pelas laterais

 

Laterais “europeus” fazem muita diferença no futebol brasileiro. A experiência e a versatilidade de Mariano e Guilherme Arana deram modernidade ao estilo de jogo do Atlético-MG. Arana, por exemplo, faz muito bem o papel de lateral invertido — artifício muito usado no Velho Mundo.

 

  1. Refúgio

 

O Atlético perdeu apenas uma partida como mandante na temporada inteira. O Fortaleza foi o único time que conseguiu derrotar o Galo em Belo Horizonte, em 30 de maio, na primeira rodada do Campeonato Brasileiro. O Mineirão virou refúgio praticamente inabalável do time alvinegro. 

 

  1. Massa

 

A volta do público aos estádios foi o combustível que faltava para incendiar o ano do Atlético. A Massa foi fiel no pouco, quando o acesso ao Mineirão era reduzido, e no muito, quando a arena teve aval para encher a casa. A torcida lotou e conduziu o time a dois títulos nacionais.

 

  1. Inteligência emocional

 

Cuca costuma ter surtos, como na final da Libertadores  2020 pelo Santos, e dificuldade na relação com os medalhões. Está maduro no Atlético. E com o técnico nos eixos, o Galo manteve o foco. Não saiu dos trilhos nem na dura eliminação na semi da Libertadores contra o Palmeiras.

 

 

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