Tereza Cristina promete bater firme na questão do seguro rural

Publicado em coluna Brasília-DF

Em meio aos anúncios do Plano Safra em duas etapas, faltou fixar os valores para o seguro rural, cada vez mais importante, por causa das mudanças climáticas — haja vista o ciclone que atingiu o Sul do país recentemente, que matou o gado de frio até no Centro-Oeste. A coluna apurou que o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, pleiteou R$ 2 bilhões para o seguro rural no Orçamento, mas ainda não obteve sucesso. A oposição promete ficar de olho nesse tema, até aqui apontado entre os congressistas como uma
falha no Plano Safra divulgado esta semana.

Uma das que promete bater firme nessa questão do seguro rural é a ex-ministra da Agricultura, hoje senadora e líder do PP, Tereza Cristina (MS). Em suas redes sociais, ela rebateu o discurso do governo Lula de que esta é a primeira gestão preocupada com a sustentabilidade — disse que “desde 2021, a sustentabilidade é priorizada, com linhas de crédito especiais para agricultura de baixo carbono, contemplada com R$ 5 bilhões”. O agro, segmento estratégico para o Brasil e para qualquer projeto político, continuará em disputa.

O censo e o fundo

O fato de Brasília surgir no Censo do IBGE como a terceira maior cidade do país em população será mais um argumento para tentar garantir a permanência do Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF) fora do arcabouço fiscal. A ideia dos congressistas é votar logo na semana que vem.

Missão impossível

Vai dar em nada a intenção do deputado Sanderson (PL-RS), de aprovar uma anistia a Jair Bolsonaro. O que se ouve dos líderes partidários de centro é que ninguém vai confrontar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Supremo Tribunal Federal (STF) por causa do ex-presidente, que está quase inelegível por suas atitudes. A maioria dos antigos aliados sequer veio a Brasília acompanhar o julgamento ao lado de Bolsonaro. Nem o presidente do PL, Valdemar Costa Neto.

Regulamentar é preciso

“No dia 8 de janeiro apresentou-se ao mundo mais uma jabuticaba: o golpe por terceirização. A brutalidade das cenas foi antecedida por conteúdos on-line, produzidos por grupos extremistas. Ninguém poderia seriamente sustentar que esse putsch terceirizado ocorreria sem a complacência das grandes plataformas de tecnologia. (…) Revelou-se implausível esperar autorregulação por parte daqueles que lucram com o caos”. Afirmação do ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, numa referência às big techs da internet, em discurso escrito (e não lido) para o encerramento do XI Fórum Jurídico de Lisboa.

Prefeitos na área

Com a maioria dos parlamentares fora de Brasília, os prefeitos fazem o seu périplo. A de Juiz de Fora, Margarida Salomão (PT), e a deputada federal Ana Pimentel (PT-MG) foram recebidas pelo ministro dos Transportes, Renan Filho, para tratar principalmente da restauração BR-267, em estado lastimável de conservação. A prefeita lembra que a rodovia é importantíssima na região da Zona da Mata Mineira porque faz a conexão do Sul de Minas com a Rio-Bahia. A BR, no trecho mineiro, tem extensão de 553km.

Mantenha distância/ Os irmãos Batista, donos da JBS, estão em baixa na classe política desde que Joesley gravou o então presidente Michel Temer, o que quase lhe custou o mandato e comprometeu o calendário de votação das reformas. Esta semana, eles circularam em encontros sociais do XI Fórum Jurídico de Lisboa sem muito sucesso. Especialmente entre os políticos ligados ao ex-presidente, um dos palestrantes de honra do evento, a ordem era cumprimentar educadamente e sair de perto.

Polos opostos/ O distanciamento é geral, inclusive em relação a Lula. Enquanto o presidente reforçava seu compromisso com a preservação da Floresta Amazônica durante discurso em Paris, a JBS, maior produtora de carne do mundo, enfrenta críticas no Senado dos Estados Unidos por supostamente se beneficiar de criação de gado em áreas de desmatamento ilegal. “Vamos ser muito duros contra toda e qualquer pessoa que quiser derrubar uma árvore para plantar soja, milho ou criar gado”, afirmou Lula em frente à Torre Eiffel.

Enquanto isso, no Congresso…/ Presidente da Comissão de Fiscalização e Controle, a deputada Bia Kicis (PL-DF), se viu obrigada a adiar as sessões do colegiado desta semana. O que se ouve entre alguns amigos de Bia é que quem não está nas festas juninas do Nordeste, está no “Gilmar Fest”, apelido carinhoso que os parlamentares deram ao XI Fórum Jurídico de Lisboa.

Por falar em “fest”…/ Os points de brasileiros em Lisboa eram pelo menos três: o rooftop do hotel Tivoli e os restaurantes Solar dos Presuntos e Zazah. A festa do advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, no rooftop do hotel, só perdeu para o seminário em termos de público.