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Vai sobrar para Ricardo Salles a decisão do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Augusto Sherman, que proibiu a compra de tratores pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) por medida cautelar. O ICMBio, vinculado à pasta do ministro do Meio Ambiente, se preparava para comprar tratores a valores 40% superiores aos de mercado. Além do prejuízo normal, ainda vinha de “brinde” a inclusão dos valores em “ata de registro de preço”.
Essa ata permite que outras instituições públicas comprem bens inscritos lá usando o mesmo preço, sem precisar de nova licitação. Sherman barrou tudo. O contribuinte agradece. olicamente, é mais um abacaxi para Salles e o ICMBio descascarem, nessa nda de desgaste que o ministro atravessa por causa das investigações sobre comércio ilegal de madeira.
Temer fez escola
O vice-presidente Hamilton Mourão marca diferenças para o presidente Jair Bolsonaro e, ainda que jure fidelidade e lealdade ao capitão, sua entrevista a’O Globo foi comparada à carta que o então vice Michel Temer escreveu à presidente Dilma Rousseff, em dezembro de 2015.
Eles viram assim
Quem acompanhou tudo de perto naquela época, lembra que Temer se sentia deixado fora das articulações de governo, da mesma forma que Mourão se sente desconfortável por não participar das reuniões governamentais. A carta foi vista como um sinal verde para o processo de impeachment. No caso da entrevista de Mourão, por enquanto, é só uma forma de marcar as diferenças em relação a Bolsonaro.
O risco da judicialização
Aprovada por um resultado apertado, a medida provisória que trata da privatização da Eletrobras periga ser levada ao Supremo Tribunal Federal (STF). Técnicos estão debruçados sobre o texto final aprovado para ver se os penduricalhos e acordos para que a MP passasse compensam a venda. Só o presidente do Progressistas, Ciro Nogueira (PI), garantiu
Dever de casa
Em vez de centrar o foco nos depoimentos de hoje (18/6), em defesa da cloroquina, os senadores do G-7 querem se concentrar na análise dos documentos e caracterizar um gabinete paralelo que assessorou o presidente na gestão da pandemia. Nos documentos, há mais chaves para o trabalho da comissão do que propriamente nos depoimentos. A hora, avaliam os senadores, é de deixar os holofotes um pouco de lado e trabalhar silenciosamente na análise dos papéis.
Mandato flex/ Ex-líder do PSD, o deputado Domingos Neto joga suas fichas no governo de Jair Bolsonaro e no PT. Em Brasília, é aliado do Planalto. Mas, no Ceará, é próximo do governador Camilo Santana (PT), com direito a participação em reuniões familiares. A mãe do deputado é prefeita de Tauá, cidade que, conforme divulgou esta coluna em maio, recebeu mais de R$ 140 milhões em emendas ao Orçamento. Em 2022, Domingos terá que escolher um lado. Porém, se puder, continuará com um pé em cada canoa.
Ghost writer/ Na sessão que aprovou a MP da Eletrobras, o líder do MDB, Eduardo Braga (AM), que já foi ministro de Minas e Energia, explicava de forma muito mais segura as alterações no texto e sobre o setor do que o relator, senador Marcos Rogério (DEM-RO). Há quem diga que ajudou na elaboração da MP.
Sob encomenda/ Ao mencionar que a MP tinha “jabutis” e “bodes na sala”, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) mencionou “lobo em pele de cordeiro”. Referia-se justamente àqueles que entraram no toma lá dá cá para aprovar a medida.
Precificada/ A saída de Flávio Dino do PCdoB já era esperada. Fora da legenda, terá mais condições de ajudar na condução de um projeto nacional, sem ficar tão à sombra do PT, como o PCdoB é visto hoje.
Brasília presente/ A convite do presidente do Conselho Nacional de Justiça e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, e da embaixadora do Observatório dos Direitos Humanos do CNJ, Daniela Mercury, a secretária de Justiça e Cidadania do DF, Marcela Passamani, participou do primeiro encontro virtual sobre liberdade de expressão. Marcela é responsável pelas políticas públicas de direitos humanos no DF. Entre os participantes, Luíza Brunet, Gilberto Gil, Luiz Carlos Barreto, Raquel Dodge e Valter Schuenquener.
Hoje tem live, às 12h…/ …para comemorar os 90 anos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Nesses quase 20 anos desde que deixou o Planalto, continua como o grande nome do PSDB e um pensador incansável do Brasil. Privilégio de poucos.