Ruim com eles…
Dilma Rousseff já foi aconselhada a não deixar o PMDB solto tampouco criar frentes de batalha com o partido de Eduardo Cunha no Congresso. Até aqui, todas as estratégias para tentar reduzir o poder do peemedebista falharam. O Pros, de Cid Gomes, tende a minguar. O megapartido de Gilberto Kassab, que seria resultante da fusão do PSD com o novo PL, está engavetado. Nos próximos dias, Dilma Rousseff poderá, inclusive, fazer um gesto de que desistiu dessa ideia, sancionando a lei que estabelece que só podem recorrer à fusão partidos que estiverem com, pelo menos, cinco anos de vida.
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Quem acompanha a política lembra que, ao longo da história, todos tentaram reduzir o PMDB, e o partido sempre escapou com habilidade, graças a manobras no parlamento. No fim de 2000, quando PFL e PMDB romperam, os peemedebistas se uniram a Aécio Neves (PSDB) para derrotar os pefelistas no ano seguinte, na disputa pela presidência da Câmara. O PFL até mudou de nome. O PMDB continua aí, pronto para fazer com o PT o que fez com os antigos companheiros. Em nome do ajuste fiscal, Dilma não tem outra saída.
Janot sob pressão
As associações de integrantes do Ministério Público pediram ao procurador-geral, Rodrigo Janot, que coloque o auxílio-alimentação em módicos R$ 2,5 mil por mês. Com o meu, o seu, o nosso…
Questão de tato…
Se tem algo que o grupo palaciano não sabe é como sair de uma saia justa em reuniões. Dia desses, o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, com o dedo em riste, dizia aos líderes que, se o ajuste fiscal não fosse aprovado e o país fosse para o buraco, a culpa seria dos congressistas. Quem entende do jeito de lidar com os parlamentares garante que não é por aí que o governo conseguirá levar deputados e senadores a aprovarem a salvação da lavoura para as medidas erradas que o governo adotou lá atrás.
…E de jeito
No mesmo encontro, o líder do PTB, Jovair Arantes, reclamava que ficara sabendo da proposta de combate à corrupção pelos jornais, e que não participaria mais de reuniões apenas para ser comunicado do que estava decidido. Pepe Vargas partiu para cima: “O senhor está errado”. Exaltado, o ministro completou: “Você não pode se recusar a conversar”. Sobrou para o vice-presidente, Michel Temer, acalmar os ânimos.
“É um desrespeito e um tapa na cara do contribuinte esta história de triplicar o dinheiro destinado aos partidos”
Reguffe, senador do PDT-DF, referindo-se ao aumento do Fundo Partidário, que, agora, o PMDB quer ver vetado por Dilma
Ovo & galinha
Começa agora a velha cantilena sobre o que vem primeiro, a reforma ministerial ou a aprovação do ajuste fiscal. Será a queda de braço que deve se arrastar por esse período até a semana santa. Façam suas apostas.
Longe de casa/ Daniel, filho de Renato Duque, estava em férias na Europa quando o pai foi preso. Sabe como é… Ou tem um instinto forte, ou apenas aproveitou as promoções da baixa temporada.
Poderosa ontem e hoje/ A chefe de gabinete da presidência do Senado, Maria Emília, acaba de nomear seu motorista particular para um cargo de comissão na Casa.
Prioridade/ O governador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) deixou de almoçar com Maria Elisa Costa, filha do arquiteto Lucio Costa, para cumprir agenda em São Paulo. Era o aniversário da senadora Marta Suplicy (PT-SP), a mais nova futura socialista do pedaço.
Pergunta no ar/ Alguém conhece algum consultor que, tal e qual José Dirceu (foto), tenha recebido R$ 29 milhões em oito anos, sendo R$ 7 milhões no ano em que foi condenado num processo judicial? Era isso que todos os oposicionistas se perguntavam ontem. A resposta: talvez. Os exemplos? Pedro Barusco, Paulo Roberto Costa…