A decisão do presidente da CPI da Pandemia, Omar Aziz, de votar o relatório em 19 de outubro, vem sob encomenda para evitar que os senadores integrantes do chamado G-7 terminem brigando. Há um mal-estar entre o relator, Renan Calheiros (MDB-AL), e o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), hoje bastante alinhado com Otto Alencar, que é médico. Alessandro Vieira, como o leitor do blog já sabe, apresentará um relatório paralelo ao de Renan, porque considera que o alagoano está mais político do que técnico, o que pode terminar por dar discurso aos opositores do CPI. Embora Vieira trate seu texto como um adendo, aliados de Renan viram nessa ideia uma crítica velada ao relator.
Experiente na elaboração de relatórios de investigações policiais, Alessandro quer um relatório mais sucinto e sem adjetivações. Daí, a ideia de entregar seu próprio texto, como “adendo”ao de Renan. Renan Calheiros, porém, político experiente, considera que o Senado, enquanto uma casa política, não pode prescindir de fazer um juízo de valor das ações do governo ao longo da pandemia. Diane dessas diferenças, Aziz considera melhor encerrar antes que as diferenças de pensamento vire uma crise e comprometa todo o trabalho feito até aqui.