Os trabalhos de Wagner

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Os trabalhos de Wagner
Em jantar na casa do senador Raimundo Lira (PMDB-PB), o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, deflagrou um movimento essa semana no sentido de buscar uma pauta capaz de tirar o país (leia-se o governo) do córner. O problema, entretanto, é que grande parte da plateia, onde constava inclusive o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), não crê que isso seja possível com a presidente Dilma Rousseff no comando.
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A sensação entre os políticos é a de que a presidente não terminará o mandato. O que se discute é quando a saída ocorrerá. O ministro, entretanto, não desistiu. Ontem, tinha mais um convescote com os senadores. É ali que o governo aposta suas fichas para sair do buraco. Semana que vem, o cenário será a casa do líder do PMDB, Eunício Oliveira.
Para um bom entendedor…
Jaques Wagner não citou o nome de Aloizio Mercadante, mas deixou no ar que o antecessor não tinha feito o dever de casa em relação à política. “Não estou aqui fazendo críticas ao meu antecessor, mas gostaria de manter uma relação mais próxima com os senhores”, afirmou o ministro.
 
E o tempo passa
A cinco semanas do fim do período legislativo, a decisão do presidente do Conselho de Ética de deixar para hoje a definição do relator do processo contra Eduardo Cunha queima mais uma semana sem que haja o início da análise do caso. Embora o prazo esteja correndo, o presidente vai ganhando tempo.
Cadê os outros?
Não são apenas Eduardo Cunha e seus aliados que reclamam da demora na análise dos demais políticos enroscados na Lava-Jato. Essa semana, um colega do procurador Rodrigo Janot não escondia sua inquietação com a demora: “Quanto mais demoram com os demais inquéritos, mais força dão ao discurso do Eduardo Cunha”.
Cadê, Teori?
Os mesmos amigos de Janot estão indóceis com a demora do ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki que até agora sequer concluiu seu voto pelo recebimento ou rejeição as denúncias contra Cunha, o deputado Artur Lira (PP-AL) e os senadores Fernando Collor (PTB-AL) e Benedito Lira (PP-AL). As peças foram apresentadas em agosto e setembro ao Supremo Tribunal Federal.
“Hoje eu não encontro ninguém preocupado com os rumos do país que acredite que a Presidente Dilma tenha condição de liderar esse processo de recuperação. É um fato”
José Serra (PSDB-SP), senador
E ele?/  Durou pouco no Salão Verde da Câmara o painel dos oposicionistas em favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff. É que, lá pelas tantas, um gaiato comentou: “Vamos fazer um pela cassação do Eduardo Cunha”.
Flagrante/  O senador Álvaro Dias ( foto ), do PSDB-PR, almoçava no restaurante do Senado com a cúpula do PV, que está louca pela sua filiação. Na saída, deu de cara com uma mesa de tucanos, comandada pelos deputados Mara Gabrilli e Otávio Leite. Meio constrangido, cumprimentou os colegas de seu quase ex-partido e saiu de fininho com José Pena, o presidente do PV.
Novo bloco/  Vem aí um bloco parlamentar PR, PSD e Pros. Há quem diga que é mais um grupo interessado em obter cargos de segundo escalão do governo federal.
Estágio ou esmola?/  Ao defender a redução de 16 para 14 anos a idade em que o jovem pode prestar um estágio, o deputado Ricardo Barros parece ter confundido as estações. Disse que “nas empresas os meninos são tratados como filhos”. E ainda acrescentou que uma roupa que não usa mais é dada ao estagiário, assim como brinquedos. Eu, hein…