Numa lapada só, o eleitor mandou para casa senadores como Romero Jucá, Edison Lobão, Valdir Raupp, Eunício Oliveira, Roberto Requião e, menos conhecido, mas não menos importante, Waldemir Moka. Esses senhores têm duas coisas em comum: São senadores e pertencem ao MDB, o partido do presidente Michel Temer. De todos eles, Jucá era considerado o mais próximo do atual presidente. Requião, por sua vez, era mais independente. Porém a sigla pesou.
A situação mais angustiante foi a do eterno líder do governo, Romero Jucá, em Roiraima. Ele só soube que a eleição estava perdida quando já passava da meia-noite e havia menos de 500 votos a serem apurados. Houve momentos em que a diferença dele para o segundo colocado chegou a 400 votos ao longo da apuração. Haja calmante para suportar a ansiedade.
Jucá planejava ocupar a Presidência da Casa. No partido, houve quem previsse uma disputa entre ele e Eunício Oliveira, outro que não se reelegeu. Do trio de emedebistas que almejava concorrer à Presidência da Casa sobrou apenas Renan Calheiros, de Alagoas, reeleito. Se outro aparecer no páreo dentro do partido será o senador Eduardo Braga. Renan e Eduardo têm em comum o fato de ter feito uma campanha colada na imagem do ex-presidente.
O MDB, embora com a bancada reduzida à metade, ainda será a maior da Casa, dada a pulverização do Parlamento em diversos partidos. São 20 legendas com representação no Senado. O MDB terá 11. Se hoje é difícil formar maioria para aprovar um projeto, imagine em 2019. O futuro presidente, sem dúvida, terá trabalho dobrado.
Salvaram-se os