Na esteira da avaliação do governo Agnelo Queiroz que o PT do Distrito Federal fará a partir da semana que vem, virão algumas manifestações no sentido de expulsar o ex-governador do partido. A ideia de afastá-lo da legenda é para tentar tirar dos ombros partidários todo o peso da situação caótica das finanças do GDF. Obviamente, dizem os petistas, não será o caso de tirar toda a responsabilidade do partido por essa situação, até porque a maioria dos secretários era orgânica no antigo governo. Porém, os políticos do partido não querem deixar que o PT pague por erros que Agnelo teria cometido sozinho.
Internamente, os petistas consideram que o ex-governador vem da escola do PCdoB, na qual as decisões são centralizadas num pequeno grupo, enquanto no PT a maioria das atitudes é decidida em conjunto. Em tempo: o PCdoB não pretende abrigar o ex-governador. Agnelo está cada vez mais sozinho.
Mina
Investigadores que foram à Suíça e à Alemanha coletaram informações muito mais importantes do que os simples depósitos em dinheiro fruto do petrolão. Será a base da Lava-Jato 8 — uma operação que ganhará outro nome. No domingo, uma nova força-tarefa se juntará a quem já está por lá.
Interminável
O PT não consegue se livrar da sombra do mensalão. Circula na internet a notícia divulgada em 10 de janeiro pela TVI de Portugal sobre o depoimento do ex-presidente da Portugal Telecom Miguel Horta e Costa no caso, mediante carta rogatória. Ele foi ouvido porque, em um de seus depoimentos, o empresário Marcos Valério disse que a empresa lusitana teria dado ao PT 2 milhões de euros no período do governo Lula. Obviamente, Horta negou tudo.
A terceira campanha…
Confiantes na vitória de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para presidir a Câmara, pelo menos cinco deputados do PMDB se engalfinham em torno da vaga de líder da bancada: Danilo Forte (CE), Leonardo Picciani (RJ), Lúcio Vieira Lima (BA), Manoel Júnior (PB) e Marcelo Castro (PI).
…E as apostas
Dos cinco, as chances de cada um estão nessa ordem: Manoel Júnior, que já foi inclusive cotado para ministro do governo Dilma Rousseff, Marcelo Castro, Danilo Forte e Lúcio Vieira Lima. Picciani, por ser do Rio, é considerado carta fora do baralho. Na hipótese de Cunha se eleger, será preciso entregar o cargo de líder a outro estado. Para completar, o deputado fluminense ainda tem outro problema: a cassação do mandato dele, pedida pelo Ministério Público.
CURTIDAS
Tensão no ar/ No ato Somos Charlie, promovido pelo senador Cristovam Buarque (PDT-DF) no auditório do Interlegis, a segurança foi reforçada. Além de detector de metais e revista na entrada, policiais na área interna estavam em posição, segurando a arma no coldre, pronta para ser acionada ao menor sinal suspeito por parte da plateia.
Cadê o tradutor?!!!/ Assim que o sheik Muhammad Zidan, do Centro Islâmico de Brasília, começou a discursar em árabe, houve um burburinho na sala. É que ninguém sabia, mas o tradutor estava a postos. Depois de cinco minutos do discurso, começou a tradução, para alívio da maioria dos presentes. Enquanto isso, em Congonhas…/ Há dois dias, numa sala VIP do aeroporto de Congonhas, em São Paulo, o deputado Pedro Paulo (foto), do PMDB do Rio, conversava com um senhor que lhe dizia, em alto e bom som: “Você é o nome para a prefeitura. O Rio merece alguém atuante como você”, e por aí vai. Pedro Paulo apenas sorria, meio sem graça, por causa da presença de pessoas à volta dele.
…Ninguém imaginava/ Pode até ser, mas, primeiro, o deputado precisará resolver o imbróglio das contas de campanha com a Justiça Eleitoral. Até agora, Pedro Paulo não fez qualquer comentário sobre o pedido de cassação do mandato por parte do Ministério Público.