O Partido Progressista, de Arthur Lira, já viveu um clima mais ameno. Hoje, Arthur Lira e o líder do governo, Ricardo Barros, se desentendem sobre quem tem a primazia do relacionamento com o Planalto. Barros estava acostumado a negociar as demandas dos congressistas diretamente no Poder Executivo, sem combinar nada com a Presidência da Câmara, fórmula que funcionava nos tempos em que o deputado Rodrigo Maia presidia a Casa. Agora, esse período acabou.
Com a troca de comando no Parlamento, Arthur Lira quer ser informado das demandas, enfim, deixar claro que muito do que os deputados conseguem levar hoje para seus estados se dá graças ao fato de ele estar trabalhando para que isso ocorra. Ou seja, é ele (Lira) o condutor dos acordos. Daí, o curto-circuito divulgado esta semana no site O Antagonista, dando conta que a ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda, estaria de “aviso prévio” por causa da tentativa de troca de Ricardo Barros (PP-PR).
Esta manhã, o presidente Jair Bolsonaro tentou dar um fim nessa disputa e avisou que “ninguém sai”. A ordem do presidente foi para que todos se entendessem. Bolsonaro não quer problemas na base aliada. Afinal, Flávia é do PL, de Valdemar Costa Neto, e, embora seja aliada de Arthur Lira, a filiação partidária fala mais alto. Se deixar o cargo, Bolsonaro pode ter problemas com o PL e com Valdemar. No momento, em meio à CPI e com votações importantes pela frente na Câmara, o presidente não deseja correr riscos por causa de desentendimentos entre aliados.
Se vai funcionar, o tempo dirá.