Ernesto Araújo
Ernesto Araújo Mandel Mgan/AFP Ernesto Araújo

Ernesto Araújo considera cerco à Venezuela de Maduro “irreversível”

Publicado em Bolsonaro na ONU

Nova York — O ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, participou hoje de manhã da reunião do grupo de Lima, formado por 12 países das Américas com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Na reunião, Trump e os presidentes dos países membros, com Jair Bolsonaro representado pelo chanceler, descartaram uma intervenção militar, algo que, aliás, o presidente Jair Bolsonaro já havia dito na entrevista ao Correio que não ocorreria porque seria o mesmo que transformar a Venezuela num Vietnã e que o presidente Donald Trump também pensava da mesma forma.

“Foi uma demonstração de Força, vários países, presidentes, com unidade de propostas e de visão sobre a Venezuela. Isso é muito raro de acontecer. Mostra que há um movimento irreversível”, disse o ministro ao Correio.

As primeiras ações serão dentro do que foi tirado na reunião do Tiar, o tratado que permite que, quando um país integrante da OEA for atingido, outros possam prestar auxílio. O Tiar se reuniu nessa segunda-feira, em Nova York e tirou uma decisão de investigar supostas ligações do regime de Maduro com organizações criminosas. Agora, posição do Tiar foi reforçada na reunião com Trump.

“Estamos começando com o que está na resolução do Tiar, que é a coordenação dos países membros, para investigação dos crimes e das conexões do regime de Maduro com toda essa rede de criminalidade que existe na América do Sul. Isso vai incutir outras ideias e nos embaixadores para preparar uma nova reunião de ministros. Estamos prontos para continuar com ações diplomáticas e políticas, deixando claro que não há saída para Maduro que não seja sair do país e devolver a democracia para a Venezuela”, afirmou.