Depois de reunir o “sexteto das 9h30” para avaliar os índices de popularidade em queda e as formas de refazer sua base política, a presidente Dilma Rousseff decidiu recorrer a Lula. O relacionamento entre os dois — que, na festa de aniversário do PT, ainda não estava 100% — teve o gelo quebrado por esse chamamento. Sabe como é, na hora em que a coisa “pega” diante do eleitorado, o partido recorre sempre àquele que tem o dom de falar diretamente à população. Lula, entretanto, já avisou: não adianta Dilma chamar, dizer que vai mudar e continuar fazendo tudo igual.
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Para quem se esqueceu, vale lembrar o sexteto: Aloizio Mercadante, Pepe Vargas, Miguel Rossetto, José Eduardo Cardozo, Jaques Wagner e Ricardo Berzoini — os responsáveis pela estratégia de articulação política do governo.
Governo contra Impositivo
A Advocacia-Geral da União (AGU) está pronta para entrar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) contra a obrigatoriedade de liberar as emendas dos parlamentares, o tal Orçamento Impositivo aprovado no plenário da Câmara. O cálculo dos advogados é de que basta uma liminar do Supremo Tribunal Federal (STF) para que o Executivo ganhe um tempinho de forma a evitar o cumprimento geral das emendas este ano.
Quem sabe rola uma estatal?
De olho no segundo escalão, o PRB vai sair do megabloco que elegeu Eduardo Cunha (PMDB-RJ) presidente da Câmara e se juntar aos pequenos partidos PTdoB, PSL, PRTB, PMN, PSDC, PTC, PTN e PRP. Essas legendas acabam de se unir em busca de espaço de governo longe do PMDB, a quem não desejam servir no papel de escada. Quando o PRB chegar, subirão de 18 para 39 deputados.
“Estamos voltando à Republica do Galeão. Resta saber se Dilma Rousseff tem vocação para Getúlio”
Do deputado Danilo Forte (PMDB-CE), comparando a tomada de poder do PMDB do Rio aos oficiais da Aeronáutica que se mobilizaram para derrubar Getúlio Vargas
Não, nunca!
Os petistas avisaram ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que, se ele quiser fazer as pazes com a oposição, que faça, mas nada de oferecer a Comissão de Fiscalização e Controle. Essa tem que ficar com a base aliada, da mesma forma que o Conselho de Ética ficou com João Alberto Souza (PMDB-MA).
Lugar cativo
João Alberto (PMDB-MA) conquistou, pela terceira vez, o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado porque, em todas as oportunidades que pôde, “matou no peito” os processos contra senadores. Agora, em tempos de Lava-Jato, a maioria da Casa aposta que não será diferente.
Prestigiada/ A senadora Rose de Freitas (foto), do PMDB-ES, vai presidir a Comissão Mista de Orçamento este ano, cargo que dá visibilidade, mas exige paciência para as votações de propostas que avançam na madrugada.
Olho na urna/ O deputado Julio Lopes (PP-RJ) acompanhou a eleição do novo líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), de dentro do plenário. Há quem diga que foi conferir pessoalmente os votos que ajudou a amealhar na bancada em favor de Picciani.
Por falar em juntar…/ Nessa campanha para líder do PMDB, teve deputado que recebeu telefonema dos “piccianistas” por volta de uma da matina.
…Os jovens ficaram com Picciani/ Assim que o novo líder ocupou a cadeira, o deputado Newton Cardoso Junior, de Minas Gerais, posicionou-se estrategicamente atrás de Picciani para aparecer nas fotos. Na parte de trás do plenário, um deputado comentou: “Ali está o representante de quem vai mandar no PMDB: o velho Newtão e o novo Newtinho”.