A presidente Dilma Rousseff entrou tarde na avenida de possíveis soluções para a crise da Petrobras. E, quando entrou, foi pela contramão. A avaliação, feita pelos próprios petistas, é a de que a escolha de Aldemir Bendine, do Banco do Brasil, para o comando da Petrobras foi um atropelo. Há quem diga no partido que Bendine não tem o perfil ideal para o cargo. Se até o PT pensa assim, imagine o mercado. As ações da Petrobras voltaram a cair porque o nome de Bendine sugere que as ingerências políticas vão permanecer na empresa. Pior para o governo. Saiu Graça, uma técnica do setor, para entrar alguém que, além de não pertencer a área do petróleo, tem problemas como a concessão de um empréstimo milionário a uma socialite, sem levar em conta as normas técnicas do Banco. Já tem gente na seara do PT com saudades de Graça Foster.