E o abacaxi vai para…
Os peemedebistas lavam as mãos para o fato de a presidente Dilma Rousseff oferecer a Secretaria de Relações Institucionais ao ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha. Primeiro porque, pelo andar da carruagem no parlamento, corre o risco de o ministro da SRI, sendo do PMDB, terminar derrotado pelo próprio partido. A confusão não vai passar colocando a legenda na SRI, especialmente, porque o PMDB continua desconfiado de que Aloizio Mercadante não está totalmente afastado das articulações políticas.
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Dilma, entretanto, quer mais comprometimento do PMDB com o governo. Parte da bancada da Câmara, embora diga que não deseja ministério, garante que Dilma havia acenado com uma vaga no primeiro escalão — especificamente no Turismo, para o ex-deputado Henrique Eduardo Alves. Até agora, a nomeação não saiu e a equação Câmara-Senado está desequilibrada. Os deputados têm duas vagas — Portos e Aviação Civil — enquanto só senadores têm quatro — Agricultura, Minas e Energia, Pesca e Turismo. O que os deputados não esperavam era o abacaxi da SRI, onde não há caneta nem verbas.
O “X” de Renan
Aliados de Renan Calheiros juram que o problema maior do presidente do Senado não é perder o Ministério do Turismo. É não ter sido chamado a dar seu parecer sobre as pastas entregues ao partido no Senado, leia-se Kátia Abreu, para Agricultura; Eduardo Braga, para Minas e Energia; e Helder Barbalho, para Pesca.
Por falar em segundo escalão…
O PR resiste a indicar outro nome ao Dnit. O do ex-deputado Luciano Castro está há mais de um mês nas mãos do ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, com todas as certidões negativas. Ou seja, na avaliação do PR, só falta nomear.
Ser ou não ser
João Vaccari Neto está numa saia justa: ele havia comentado para alguns integrantes do partido que não planejava comparecer à CPI. Seu advogado mandou que fosse e se defendesse. Ocorre que, agora, o partido não quer que Vaccari faça marola por ali, às vésperas da manifestação de rua convocada para o dia 12.
Terceirização no STF
A ação que os sindicatos deram entrada corre o risco de ficar que nem a reforma política. Só ser avaliada depois que o Congresso decidir sobre o tema. O projeto estará em pauta na Câmara esta semana e, se for aprovado, é bem provável que os sindicatos tenham problemas em ver passar a ação no STF.
CURTIDAS
Melô do PMDB/ O que mais irrita os peemedebistas é se sentirem que nem a música que ficou famosa na voz de Adriana Calcanhoto: “Futebol sem bola, Piu-piu sem Frajola, sou eu assim sem você…” No caso do PMDB, a rima deixa a desejar: “Aviação Civil sem Infraero; Agricultura sem Conab; Minas e Energia sem Eletrobras…” É, pois é.
Dilma e os líderes/ A presidente convidou todos os presidentes de partido e líderes hoje à tarde para discutir o ajuste fiscal e medidas de promoção da competitividade na indústria. É nesses encontros que dá seus recados políticos gerais.
Prêmio República/ O presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), Alexandre Camanho, deu a largada para a terceira edição dessa premiação, voltada para ações de promoção da Justiça, de defesa do estado democrático de direito e dos direitos do cidadão. A premiada ONG Escola de Gente — Comunicação em Inclusão, da jornalista Cláudia Werneck, é parceira da iniciativa. A entrega do prêmio será em 5 de maio em Brasília.
Rollemberg e os 100/ A ordem do governador do Distrito Federal é preparar várias ações na área de saúde para a marca dos 100 dias. Ele planeja ainda ir às ruas praticamente todos os dias para verificar estoques de hospitais, visitar obras, rodoviárias, pontos de ônibus, ou seja conversar com os cidadãos.